
Este trabalho, ao aprofundar se na trajetória do berimbau, um dos pilares sonoros e simbólicos da Capoeira, oferece uma contribuição inestimável para a historiografia e a organologia musical brasileira. O berimbau, mais do que um mero instrumento musical, é o condutor da energia e o guardião da ancestralidade da Capoeira. Sua jornada, desde as remotas evidências arqueológicas dos arcos musicais até sua ressignificação no contexto afro-brasileiro, é um testemunho da resiliência e da capacidade de adaptação cultural. O estudo meticuloso das origens, da disseminação geográfica e das complexas etimologias do berimbau, conforme abordado neste documento, ilumina aspectos cruciais da formação de nossa identidade cultural. A análise da utilização do berimbau no Brasil, introduzido através do tráfico de escravizados e da influência dos povos bantos, ressalta a dolorosa, mas também criativa, transculturação que moldou a Capoeira. O uso do instrumento por vendedores ambulantes e sua posterior integração indissociável à Capoeira na Bahia demonstram a fluidez e a adaptabilidade de suas funções sociais e simbólicas. Este trabalho também se destaca pela análise de artefatos etnográficos e pela documentação iconográfica, que oferecem um vislumbre precioso das práticas musicais e culturais dos escravizados no Brasil oitocentista. Tais registros são fundamentais para compreendermos a profundidade histórica e a relevância cultural do berimbau e da Capoeira.
Number of pages | 114 |
Edition | 1 (2025) |
Format | A4 (210x297) |
Binding | Paperback without flaps |
Paper type | Uncoated offset 90g |
Language | Portuguese |
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