No verão de 1992, Linópolis parecia um refúgio perfeito. No litoral de São Paulo, a pequena cidade vivia do som das ondas, do vento salgado e das ruas tranquilas que se enchiam de vida apenas durante as férias de fim de ano. Para os moradores, aquele era um lugar seguro, onde nada de realmente ruim acontecia. Para as crianças, era o cenário ideal para dias sem regras, brincadeiras até o pôr do sol e promessas de que aquelas férias seriam inesquecíveis.
E foram — mas não da maneira que elas imaginavam.
Enquanto o ano chegava ao fim, pequenas coisas começaram a mudar. Trilhas na areia surgiam e desapareciam sem explicação. Barulhos estranhos ecoavam à noite, misturando-se ao som do mar. Histórias antigas, contadas em tom de brincadeira pelos mais velhos, passaram a parecer reais demais. Foi então que surgiu o nome que ninguém gostava de dizer em voz alta: O Ceifador.
Ninguém sabia ao certo o que ele era. Alguns diziam ser apenas uma lenda local, outros juravam já tê-lo visto nas sombras, sempre observando, sempre esperando. O fato é que algo começou a seguir aquele grupo de crianças, transformando jogos inocentes em corridas de fuga e risadas em silêncio e medo.
Entre o suspense e o drama, esta é uma história sobre amizade, coragem e o momento em que a infância começa a se despedir. Em Linópolis, durante as férias de fim de ano de 1992, o terror não chegou de forma violenta — chegou devagar, como a maré subindo, até que já não havia mais para onde correr.
| Number of pages | 25 |
| Edition | 1 (2025) |
| Language | Portuguese |
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