Escrever O Chalé foi como revisitar lugares que habitam dentro de mim — memórias que nunca foram minhas, mas que pareciam esperar para ser contadas. Desde o início, eu soube que essa não seria apenas uma história de amor.
Seria sobre cicatrizes, sobre o que o silêncio esconde, e sobre a força que nasce quando tudo parece perdido.
Lívia me apareceu primeiro. Frágil, contida, uma mulher que carregava o peso de um passado que não dizia em voz alta. Havia algo na forma como ela olhava o mundo — como quem tenta se lembrar de um tempo em que ainda acreditava nas pessoas.
Ela fugia, mas não sabia exatamente do quê. Talvez de si mesma. Talvez das lembranças que insistiam em voltar.
Depois veio Gabriel. Diferente dela, ele parecia ter feito as pazes com o próprio vazio. Era o tipo de homem que entende o silêncio, que fala pouco, mas sente tudo.
Em seu olhar havia uma mistura de saudade e redenção — como se ele também esperasse alguém, não para salvá-lo, mas para lembrá-lo de que ainda podia amar.
O encontro dos dois não foi um acaso. Nada em O Chalé é mero acaso. A casa isolada entre as montanhas é mais do que um cenário; é um espelho. Ali, entre o frio e o cheiro de madeira antiga, o passado começa a se misturar com o presente, revelando verdades que estavam enterradas.
Espero que, ao virar cada página, o leitor sinta o mesmo frio na alma e o mesmo calor no peito que senti ao escrevê-la.
Porque O Chalé não é apenas uma história para ser lida — é uma experiência para ser sentida.
| Number of pages | 163 | 
| Edition | 1 (2025) | 
| Format | A5 (148x210) | 
| Binding | Paperback w/ flaps | 
| Colour | Black & white | 
| Paper type | Cream | 
| Language | Portuguese | 
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