O Espírito que Anda – No Meio do Caminho da Eternidade

A História por Trás da História

(por Paulo Regis)

Dizem que todo escritor escreve duas vezes:

a primeira, no papel — e a segunda, dentro da própria alma.

Quando comecei No Meio do Caminho – O Espírito que Anda, eu não planejava escrever um livro.

Eu buscava respostas.

Sobre o tempo, sobre o perdão, sobre o que realmente permanece quando tudo o que chamamos de “vida” se dissolve.

A ideia nasceu em silêncio.

Um daqueles silêncios que não assustam, mas chamam.

Um dia, sonhei com um homem caminhando por uma estrada antiga. Ele não corria, não temia — apenas andava.

E quando acordei, entendi que aquele homem era o Espírito que Anda.

Não era um fantasma nem um herói.

Era um fragmento de todos nós — das nossas culpas, esperanças e lembranças.

Era a parte de mim que ainda caminhava entre erros e aprendizados, entre o ontem e o amanhã.

Cada capítulo deste livro foi uma travessia pessoal.

Escrevê-los foi como acender velas dentro de mim, uma a uma, até que o escuro se tornasse compreensão.

Descobri que o tempo não castiga — ele educa.

E que o passado não morre — ele apenas espera ser compreendido.

Por isso, No Meio do Caminho não é apenas uma história sobre reencarnação.

É uma história sobre reconciliação.

Entre vidas, entre almas, entre o que fomos e o que ainda precisamos ser.

Se o leitor sentir, ao final, que também há algo caminhando dentro dele,

então o Espírito que Anda terá cumprido seu destino.

Porque, no fim das contas — e esse é o segredo de tudo —,

ninguém está para