Ao longo desta coleção, podemos notar que o lirismo é-lhe a fonte direcional. A questão filosófica como temá-tica, não está significando uma outra coisa. o lirismo, neste título, apenas se dá por um veio distinto que um pouco mais complexo em relação ao processo de se exter-nar um pensamento.
Na arte de escrever, sempre dei prioridade ao jeito simples, mas é que, por vezes, dano-me delirar um pouco mais. Acredito que hajam muitos que gostam desse tipo de caminho. De qualquer forma, não importando os esti-los apresentados, tenho sempre em mente a honrosa pre-tensão de agradar aos meus leitores.
Quando ainda não havia feito qualquer poema, lem-bro muito de me enveredar no mundo da leitura e lá, co-nhecer os chamados grandes. Na escola eram quase sem-pre os mesmos nomes: Carlos Drummond de Andrade, Vinícios de Moraes, Monteiro Lobato, Castro Alves, Ce-cília Meireles, Ariano Suassuna, Augusto dos Anjos, Gonçalves Dias, Fernando Pessoa, Ferreira Gular, Cassia-no Ricardo, Gregório de matos Guerra, Manuel Bandeira e outros. O que eu via nesses artistas não eram apenas suas obras em si, mas a relação do infinito que se dava entre eles na arte da criação.
Quando desejei ser escritor, meu desejo ia muito além de apenas passar uma mensagem. Eu queria o dizer diferente, queria poder encontrar um rumo de uma inteli-gência como àquelas que os grandes nomes tinham, mas do meu jeito.
Comecei por colecionar na memória as palavras mais bonitas e depois, procurei entendê-las, mas vi que só iss
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