'Ars Sophia' é um livro sobre as influências da Arte na magia e na religião, sobre as influências da percepção humana dentro de contextos que passam desapercebidos por boa parte de um público ocultista e esotérico que tende a ver o mundo de forma bastante bagunçada. Arte pode (e deve!) ser vista como um ímpeto desleal, como a mais poderosa forma de magia, a mais poderosa forma de canalizar os aspectos divinos para o mundo físico visando uma conexão com aquilo que chamamos de Criador. Se magia é uma tolice ou uma grande verdade, tudo depende do quanto se sabe sobre a estranheza do mundo. A discordância de um mundo místico que nos ronda é um mal do materialismo dos últimos dois séculos, mas a crença em espiritualidades desvairadas é um sintoma muito mais contemporâneo da mesma doença.
Entre o mundo meramente material em que tudo precisa ser provado por ferramentas totalmente humanas e a loucura dos que acreditam em qualquer coisa inventada nas últimas décadas, há uma verdade incontestável: a criação é muito mais vasta do que sequer podemos imaginar. 'Ars Sophia' é certamente uma obra para os 'buscadores de um mundo mais mágico', de um mundo mais artístico, para os que encontram verdade na "(...) religião universal que só os homens não tem" de Fernando Pessoa.
Este é um livro para se ver as fronteiras do crível e do surreal, ao mesmo tempo em que se crê e desacredita tudo o que antes parecia realidade. De certa forma, é um manual de magia, uma espécie de grimório que não afirm
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