Com uma vasta diversificação de temas, Ely nos presenteia com poemas reflexivos, às vezes introspectivos e de teor literário rico; falar desses poemas é missão árdua e laboriosa, então o tentarei de forma minuciosa e sincera.
Logo no primeiro poema do livro, Gestação Literária, nos deparamos com um projeto em forma de poesia, pois, ele reflete o ímprobo trabalho de um escritor para poder gerar seu filho, ou seu livro; na sequencia nos deparamos com Anjo Anônimo, que podemos dizer que é uma poesia-oração, onde a autora em uma experiência sublime, clama pela proteção e orientação de seu anjo para poder perpetuar seu sonho, ou seu livro. Notamos nessas duas poesias a relação do autor com seu trabalho, elas demonstram o afinco e dedicação da autora na construção de sua obra.
Aventurando-nos mais a fundo pela obra nos deparamos com poemas que refletem superação, tanto pessoal quanto coletiva, tomo como exemplo disso as poesias Marias I, II e III, nelas claramente a autora discorre sobre a mulher que sofre com os percalços da vida, mas com sua lata d’água sobre a cabeça, continua a trilhar as veredas, a enfrentar os problemas sem curvar-se ao desânimo e nem parar diante dos obstáculos.
Deliciei-me também ao ler e refletir sobre os poemas A Mulher na Janela I, II e III; nesta trilogia temos claramente a espera pelo amor, esses poemas são um misto de esperança, nostalgia e solidão; esperança de encontrar o amor ideal, nostalgia pelos tempos idos,relembrados nos momentos solitários e registrados em versos que tocam a alma do leitor.
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