Entre os séculos I e o IV já havia uma grande quantidade de textos que se referiam a vida, paixão e morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Cada uma dessas obras era muito diferente dos chamados evangelhos canônicos que nós conhecemos em nossos dias. Assim, pode-se dizer que naqueles tempos distantes não havia apenas um cristianismo, mas diversos. Cada grupo que se reunia para falar de Jesus tinha liberdade de escolher uma dessas narrativas. Esta situação incomodava o clero nascente e o Papa Dâmaso (305-384) resolveu por ordem ao caos. Para isso, chamou um intelectual da Igreja por nome Jerônimo e pediu a ele que dentre a bibliografia existente sobre Jesus Cristo, ele escolhesse os livros que lhe parecessem mais de acordo com a doutrina do Cristo. Jerônimo pôs se a trabalhar e chegou a conclusão que dentre aquela centena de textos havia apenas quatro que ele considerava que poderiam ser autênticos. Esses textos estavam assinados por quatro apóstolos, Marcos, Matheus, Lucas e João. Estes depois do exame papal, foram considerados evangelhos canônicos, ou seja, evangelhos que formavam o cânone do Cristianismo.
Os outros livros foram postos de lado e chamados apócrifos, que significa ocultos, separados, relativos a uma determinada seita e os cristãos estavam proibidos de lê-los ou mesmo tê-los em suas casas. Esta obra que a Igreja rejeitou é que será estudada em nosso livro para que as pessoas que acreditam em Jesus conheçam outras versões sobre a vida dele. Desejo-lhes uma boa leitura, José Carlos Leal
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