Em Lembranças do Futuro, acompanhamos a jornada de um narrador que não tem nome, mas que poderia ser qualquer um de nós. Ele desperta um dia com a estranha sensação de já ter vivido algo que ainda não aconteceu. A partir desse ponto, sua consciência começa a atravessar a linearidade do tempo — acessando lembranças do futuro que surgem como lampejos, intuições e sonhos vívidos.
A trama se desenvolve de forma não convencional, como uma colcha de retalhos de experiências internas, viagens sensoriais e mergulhos filosóficos. O protagonista questiona os limites entre memória, imaginação e destino, dialogando com versões futuras e passadas de si mesmo, atravessando paisagens simbólicas e encontros com figuras misteriosas que o ajudam a decifrar sua própria existência.
Cada capítulo representa uma travessia: da infância às projeções do que ainda não aconteceu; do medo do incerto à aceitação da impermanência; da rigidez do tempo cronológico à fluidez do tempo subjetivo. Ao longo da narrativa, o leitor é convidado a também revisitar suas próprias “lembranças do futuro”, percebendo como escolhas, desejos e emoções podem moldar o que ainda está por vir.
No final, o narrador compreende que não se trata de prever o futuro, mas de reconhecer as sementes que já existem no presente. Ele percebe que o tempo é uma dança entre intenção e entrega, entre o que se vive e o que se sonha — e que as memórias do futuro não são presságios, mas convites à transformação interior.
A obra se encerra co
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