Desde muitos anos atrás, o animismo tem sido a religião que construía a cosmovisão das famílias moçambicanas. Com o passar do tempo, o desenvolvimento do sistema educativo e a emergência de igrejas trouxeram outras perspectivas de visão do mundo: o cristianismo, por um lado, e a pós-modernidade, do outro. Surge, portanto, no meio mocambicano uma cosmovisão pautada no sincretismo, a qual não resulta em uma teologia propriamente bíblica.
Na confluência de cosmovisões, observa-se que no âmbito da formação geracional, os pais não têm sabido como se apropriar da Bíblia de modo a lidar com questões do seu quotidiano e, muito menos ainda, como orientar biblicamente os seus filhos. Aliado a isso, percebe-se que a igreja cresce em número, mas o comportamento e as ações de alguns cristãos não parecem evidenciar os principios do evangelho e que podem ser identificados na busca de uma vida de santidade.
Infelizmente, assiste-se em muitos espaços mocambicanos a inversão de valores, a ausência de responsabilidade, a falta de respeito entre os cônjuges, desobediência dos filhos aos pais, dissensões dentro da igreja, imoralidade sexual, abortos e desinformação com respeito aos princípios bíblicos que foram ensinados, mas que estão sendo postos de lado. A falta de base bíblica na vida das famílias se reflecte desde assuntos domésticos até sociais, profissionais e eclesiásticos. O presente livro oferece uma proposta ministerial para a igreja para que lide biblicamente com esta realidade.
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