O Silêncio do Relógio é um convite à escuta do tempo que já não se mede, mas ainda pulsa. Neste ensaio filosófico-poético, o leitor é conduzido por uma jornada que atravessa mitos antigos, como o de Orémios — o semideus que entregou aos humanos o poder de medir o tempo —, até chegar à crítica contemporânea da aceleração, da técnica e da desconexão do humano em relação à Terra.
A partir de uma pergunta inaugural provocativa — se há cinco milhões de anos não havia relógios e hoje há, o que tornou isso possível? —, o texto constrói, com densidade conceitual e sensibilidade literária, uma análise da mutação civilizatória que transformou o tempo em recurso, a vida em desempenho, e o ser humano em engrenagem. Entre filosofia, teologia, antropologia e crítica cultural, este livro investiga como passamos do tempo vivido ao tempo programado, do silêncio à notificação, da escuta ao controle.
Mas não se trata apenas de crítica. Há aqui também uma esperança possível: a de que ainda é viável restaurar a integridade da experiência humana com o tempo — tempo da Terra, do corpo, da alma. Com linguagem acessível e profunda, O Silêncio do Relógio é um ensaio para quem sente que algo se perdeu na pressa do mundo, e deseja reencontrar, no compasso mais lento da existência, uma forma de reconexão com o essencial.
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