Reflexos de Universos entra no quadragésimo primeiro ano e como em todos os anos anteriores, ressalvadas as mudanças impostas pela modernidade editorial, continua buscando o seu objetivo principal que é de permitir que as vozes dos seus colaboradores cheguem aos ouvidos do mundo por meio de verbos, imagens e ideias, sem censura ou preconceitos a propagar o pensamento através das artes. Esta edição, a de número 92, dedica muitas das suas páginas a homenagear Cruz das Almas, em seus 120 anos, suas tradições e sua história seja em prosa, poesia ou imagens. Como um costume da terra, as espadas, artefato junino cheio de encantos, perigos aceitação e execração, são lembradas em textos e fotos. Homenagem também é prestada à Casa da Cultura Galeno d’Avelírio, espaço cultural, mantido por uma Fundação do mesmo nome, palco das mais ilustrativas cenas de arte e costumes ao longo de 30 anos.
Na varanda, nosso editorial, comenta-se a passagem da revista por este momento em que vivemos: incerto, obscuro, com os protagonistas dos três poderes atirando para todo lado e para lado nenhum. Criada em plena ditadura de 64, por jovens estudantes, para servir de voz contestatória entre os nanicos mimeografados , Reflexos de Universos não poderia, trinta anos depois, se calar ante tanta discrepância democrática e tão intensa parcialidade de um poder que deveria ser equânime e intransigentemente defensor dos direitos de todos.
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