
Graychapel, 1896. Toda segunda-feira, a cidade acorda com um corpo e a mesma assinatura: uma rosa negra, um guardanapo marcado com M + colcheia e um detalhe que não deveria ter sobrevivido ao tempo — um dó sustenido que teima em voltar. Chamam Clara Wescott para olhar o que a polícia não vê. Jornalista obstinada e sobrevivente do incêndio no Conservatório vinte anos antes, Clara aprendeu a ler acesso onde os outros leem acaso: 4.2.1 não é contagem, é endereço; erratas a lápis não são descuido, são método.
Ao lado do Inspetor Miles Corbin, que prefere fatos a ruídos, e de Lavinia Rose, uma testemunha que “ouve” onde a luz não chega, Clara percorre arquivos, vielas e salas interditadas para montar um mapa invisível: correções de data, cartões de palco trocados, programas que escondem a verdadeira ordem da noite do fogo. Três nomes riscam a lousa de Corbin — Lisbeth, Margaret, Amelia — e uma sobrevivente parece escolhida não como alvo, mas como peça de prova.
À medida que a investigação avança, surge o rastro de quem manda abrir portas sem ser visto — gente que “toca salas, não instrumentos”. O passado devolve rostos com novos nomes, e a pergunta muda de forma: não quem mata, mas de onde se mata. Em Graychapel, a culpa não desaparece; é arquivada.
Com atmosfera vitoriana, pistas limpas e um final que respeita o leitor, A Melodia do Lamento é um policial histórico para quem ama Agatha Christie: elegante, sombrio e preciso — um romance sobre memória, método e o preço de ter ace
Number of pages | 169 |
Edition | 1 (2025) |
Format | A5 (148x210) |
Binding | Paperback w/ flaps |
Colour | Black & white |
Paper type | Uncoated offset 75g |
Language | Portuguese |
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