O Espírito e a Origem do Monasticismo Cristão

By James Owen Hannay (Autor); Ariel Placidino Silva (Editor)

Book Code: 702689

Categories

Historiography, History & theory, History and philosophy, Christian life, Theology, History

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Synopsis

O trabalho aqui oferecido ao público é baseado nas palestras Donnellan ministradas na Universidade de Dublin na capela do Trinity College em 1901-1902. Os primeiros quatro capítulos correspondem às primeiras quatro palestras. O quinto capítulo é totalmente novo. Os capítulos vi, vii e viii correspondem às quintas e sextas palestras. Os apêndices são novos.

O espírito e a origem do monasticismo é um assunto que recebeu muito pouca atenção dos escritores ingleses. É claro que é tratado nas histórias padrão da Igreja, mas não de forma satisfatória. Foi objeto de alguns capítulos de um livro recentemente publicado sob o título de Cultura e Restrição. Este livro poderia ter sido de algum valor se o autor tivesse lido a literatura do monasticismo primitivo antes de escrever sobre ele. Outro livro inglês, A Ascensão do Monasticismo Cristão, sofre de uma falha oposta. O autor leu a literatura, mas de alguma forma não conseguiu captar o espírito que a animava. Só conheço outro livro inglês recente dedicado ao assunto – Prolegômenos à História Lausíaca de Dom Cuthbert Butler. O autor se recusa a discutir o ideal monástico e se limita à consideração dos fatos e à crítica da literatura. Este trabalho é, na minha opinião, a mais capaz contribuição recente para o estudo do monasticismo egípcio feita na Inglaterra ou em qualquer outro lugar. Estou profundamente endividado com este livro.

No entanto, se o meu assunto recebeu pouca atenção neste país, nos últimos anos atraiu de estudiosos alemães e franceses uma série de trabalhos valiosos. Devo mencionar apenas os nomes dos seguintes, aos quais me sinto especialmente endividado – Zockler, Harnack, Grutzmacher, Ph. Meyer, Spreitzenhofer e Amélineau. Referi-me em minhas notas a obras particulares desses autores. Estes dois fatos – que o meu assunto ocupou muito pouco os estudiosos ingleses e muito os estudiosos continentais – formam a minha justificativa para a publicação deste livro.

Estou ciente de que tenho pouca outra justificativa. Trabalhei sob uma dupla desvantagem. Em primeiro lugar, vivo longe de qualquer centro de vida intelectual. O Rev. J. A. Bain me ajudou na seleção e leitura de autores alemães. O Rev. W. M. Foley leu um rascunho das palestras originais e fez algumas sugestões valiosas. O Rev. C. S. Collins me ajudou muito no trabalho de verificar referências. Caso contrário, trabalhei quase sozinho. Em segundo lugar, só ocasionalmente tive acesso a alguma grande biblioteca pública. Uma biblioteca particular muito boa – a do Marquês de Sligo – tive à minha disposição, pela qual sou sinceramente grato. Também tive o benefício, na compra, da experiência e conhecimento de livros do Sr. W. E. Kelly. Mesmo com essas ajudas, frequentemente senti a falta de livros que só podia consultar de vez em quando.

Finalmente, gostaria de expressar minha gratidão ao Decano de St. Patrick’s, pelo interesse que demonstrou em meu trabalho e sua invariável gentileza e simpatia em tudo que o concernia.

– J. O. H.

Features

Number of pages 230
Edition 1 (2024)
Format 16x23 (160x230)
Binding Hard Cover
Colour Black & white
Paper type Cream
Language Portuguese

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SacraTeológica

Quatro fatores motivaram a elaboração deste projeto.

Primeiro, no que se refere à nobreza do cidadão: oferecer à sociedade o que está ao meu alcance, contribuindo para o seu desenvolvimento intelectual — da qual dependo, assim como cada um de nós depende do todo. Aprendi essa lição em Cícero, quando, em A República, Lélio recorda a Cipião a responsabilidade do homem público em relação ao bem comum.

Segundo, o zelo pelo patrimônio literário da nossa amada língua. Busco conferir voz ao vernáculo mediante obras de sólido repertório cultural, com o propósito de ampliar sua expressão e aprofundar sua capacidade de discernimento. Nessa perspectiva, inspirei-me em Flávio Josefo, que, ao relatar em sua História dos Hebreus a tradução da Tanakh para o grego, louvou a Deus pela contribuição que a Septuaginta trouxe ao idioma helênico.

Terceiro, o reconhecimento devido àqueles que, com devoção, serviram fielmente em sua geração. Honrá-los é preservá-los na memória e perpetuar suas obras. Foram homens dignos de crédito, que exerceram seus talentos com magistral competência e cujo exemplo nos inspira a oferecer também o que o tempo nos requer. Recordo, a esse respeito, as palavras de Sócrates em sua Apologia, transmitidas por Xenofonte, ao afirmar que se consolava diante da morte com a esperança de reencontrar aqueles que lhe haviam transmitido o conhecimento.

Quarto, e por fim — para mim, o de maior relevância —, está aquilo que ultrapassa o limiar do tempo e toca a eternidade: oferecer à Igreja os pensamentos e testemunhos daqueles que, pelo dom recebido, se tornaram instrumentos necessários à orientação de sua origem e de sua missão sagrada. Em toda a história, percebe-se que o Senhor jamais deixou de guiar, repreender e instruir a sua Igreja. Nessa convicção repousa o meu intento; e nesse propósito encontro descanso. Pois há, entre nós, um chamado — conforme ensina o apóstolo — que visa à edificação do corpo de Cristo (Ef 4:12).

Assim, sejais vós testemunhas — contra ou a favor de mim — quanto ao compromisso que reconheço como dever. Não pretendo passar a vida em vão, mas empenhar-me em cumprir, com zelo, aquilo que o tempo me confiou como dádiva. Omitir o uso dos recursos que me foram concedidos seria trair os propósitos da minha própria existência. Compreendi, afinal, que nasci para assumir essa responsabilidade, convicto de que Aquele que confiou sementes há de requerer frutos da terra que me foi outorgada (Mt 25:14-30).

No que diz respeito ao êxito deste empreendimento, não o meço pelo número de vendas, mas pelo fruto produzido em sinceridade. Conforme ensina Agostinho em suas Confissões, o julgamento não se baseia na grandeza da obra, mas na disposição do coração que a oferece; pois de nós não procede a dádiva — ela provém d’Aquele que tudo concede.

Eis, portanto, amados irmãos, o fruto do meu culto racional (Rm 12:1). Que ressoe, enfim, o eco da voz que nos move!

“Ocupando-nos com tratados escritos pelos antigos, selecionamos seu melhor pensamento, enterrado pelo tempo e pela negligência humana, e o ressuscitamos, por assim dizer, da morte para uma nova vida.”

— Pedro de Blois (1210 d.C.)

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1 comments
Ariel
Fifth | 25.07.2024 às 14h07
Finalizado mais um título para somar as fileiras do acervo literário de nossa língua! Considerando a carência de informação a respeito, o intento desta coleção se propõe a sanar tal lacuna. Conhecer as formas que assumiram - o que foi por muito, o epicentro da figura religiosa ocidental - desde as origens de seu movimento até sua forma ideal nutrida em uma instituição que pelos tempos, foi regulada, proverá ao estudioso de história eclesiástica a compreensão do desenvolvimento das tradições religiosas mais influentes da idade média. Explorada por pesquisadores de renome, autoridades no assunto, quais fazem desta coleção, indispensável para qualquer um que se dedique a entender as doutrinas, nuances, características, influências e diferenças do movimento monástico ao decorrer de toda sua história. Boa leitura e bom proveito a todos que comigo compartilham essa disposição!