Uma Jornada Rumo à Conexão Humana
Há um momento em que todos nós percebemos que a forma como nos comunicamos molda o mundo ao nosso redor. Pode ser numa discussão que sai do controle, num silêncio que pesa mais que palavras, ou numa tentativa frustrada de fazer o outro nos entender. Nessas horas, sentimos o vazio de algo que falta, uma ponte que não sabemos construir, uma linguagem que nos escapa. Foi desse vazio que nasceu a Linguagem Não Violenta (CNV)
Minha própria jornada com a CNV começou aos tropeços. Eu queria testá-la, mas os velhos hábitos eram teimosos. Certa vez, meu chefe me criticou na frente da equipe, “Isso foi mal feito!”, e meu instinto foi retrucar, “Eu fiz o melhor que pude!”. Respirei fundo, lembrei dos pilares e tentei, “Eu ouço que você não gostou do resultado e me sinto inseguro, porque queria acertar. O que você precisava que eu não vi?”. Ele ficou quieto por um segundo, surpreso, e respondeu, “Queria mais detalhes”. Não foi mágico, mas o tom mudou, e eu senti um alívio que não conhecia. Foi o primeiro vislumbre de que a CNV podia funcionar, mesmo em mim, cheia de dúvidas e impaciência.
Este livro nasceu desse tipo de experiência, minha e de tantos outros que cruzaram o caminho da CNV. Não é um manual rígido, mas um guia vivo, cheio de histórias, reflexões e práticas para quem quer mergulhar nessa linguagem. Cada capítulo é uma etapa dessa jornada.
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