"A Gravidade das Coisas Invisíveis" é um soco literário disfarçado de manual de sobrevivência.
Nesta obra, o autor mergulha na mente de Duda — personagem sem gênero, sem rótulos ou máscaras — para conduzir o leitor a um território raramente explorado com tanta coragem: o fundo. Mas não como metáfora poética. O fundo real da depressão, da apatia e do silêncio.
Com estrutura ousada, a narrativa se entrelaça a reflexões, estratégias e provocações que não apenas expõem os bastidores da dor, mas armam o leitor para combatê-la. Ed Borges não oferece fórmulas mágicas, oferece táticas — muitas inspiradas em Sun Tzu, aplicadas com ironia cirúrgica e lógica implacável — para enfrentar o inimigo invisível que rouba os dias, a energia e o sentido.
"A Gravidade das Coisas Invisíveis" é uma guerra declarada contra a depressão.
Cada capítulo é trincheira, cada cena um espelho, cada proposta prática um movimento ofensivo. E o leitor não é espectador: é convocado. Seja para observar o próprio terreno interno, rir de si mesmo ou reconhecer o absurdo da dor que paralisa.
Com linguagem direta e por vezes sarcástica, Ed Borges conduz uma narrativa que equilibra profundidade emocional e estratégia racional, alternando entre a lucidez analítica e o fluxo sensível da personagem, criando uma experiência íntima e universal.
Mais que um livro, esta é uma convocação.
Porque, quando o fundo parece o único lugar possível, alguém precisa ensinar a voltar à superfície — nem que seja à base de guerra.
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