Rafael encontra-se no momento mais dramático de sua vida, depois de ter se iniciado no vício, e experimentado todo o tipo de droga, acabou por se transformar num dependente químico. Perdeu o emprego, vendeu todos os seus pertences que valiam alguma coisa, para conseguir dinheiro e sustentar o vício. Não pagava mais o aluguel e nenhuma de suas contas mensais. Num fim de semana trágico, numa casa de praia, juntamente com mais três companheiros de vício, duas moças e o seu melhor amigo, ele se vê às voltas com os cadáveres de seu amigo e de uma das jovens. Ambos foram vitimas de overdose. Quando recupera um pouco de lucidez, constata que estivera quase uma semana sob o efeito de várias drogas que levaram para lá e que também poderia ter sido outra vítima. Ao retornar para sua casa depara-se com a dura realidade que sua ruína, além de moral é também material. Nos dias que estivera ausente foi executado o seu despejo do apartamento em que morava. Seus pertences foram depositados como garantia da dívida. Teve que enfrentar, além do início de uma crise de abstinência, a falta de dinheiro e de um local para se abrigar. Esses incidentes o levam a tomar consciência de que necessita de ajuda urgente. Telefona para seu pai, que mora numa cidade do interior, e abre seu coração. Seu pai combina uma forma de fornecer-lhe uma passagem de ônibus para o dia seguinte, pois Rafael não quer que lhe dêem dinheiro para não ficar tentado a comprar droga.
Durante a viagem ele repassa toda a sua vida,
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