Esta obra investiga o narcisismo não como uma patologia individual, mas como uma forma social histórica forjada pela lógica do capital e reproduzida pela superestrutura burguesa. Partindo do materialismo dialético, demonstramos como a classe dominante instrumentaliza esse padrão perverso para consolidar seu poder, transformando relações humanas em mercadorias e corpos em simples engrenagens do processo de acumulação. O narcisismo estrutural, longe de ser um desvio psicológico, aparece como expressão concreta da alienação e da reificação que sustentam a ordem vigente.
O Estado capitalista, que se apresenta como neutro, revela-se um comitê gestor dos interesses da burguesia. Por meio da família, da escola e do aparato repressivo, naturaliza a coisificação da vida e reproduz a submissão cotidiana do proletariado. Até mesmo a política formal converte-se em espetáculo narcísico, onde representantes do capital encenam disputas ideológicas enquanto mantêm intacta a exploração de classe. Nesse teatro, a democracia liberal funciona como máscara para ocultar a dominação estrutural.
Mais que diagnóstico, esta obra é arma teórica para militantes, estudantes, trabalhadores e intelectuais comprometidos com a práxis revolucionária. Seu conteúdo expõe a anatomia da dominação burguesa e aponta caminhos para a construção do homem novo, liberto das correntes do narcisismo estrutural e engajado na edificação do socialismo transicional.
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