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O lobisomem deixou sua marca na antiguidade clássica, ele pisou fundo nas neves do norte e uivou entre sepulcros orientais.
Em A Cidade de Deus, Agostinho de Hipona faz um relato semelhante ao encontrado em Plínio, o Velho. Agostinho explica que “É muito geralmente acreditado que, por certos feitiços de bruxas, os homens podem ser transformados em lobos...”. A metamorfose física também foi mencionada no Capitulatum Episcopi, atribuído ao Concílio de Ancira no século IV, que se tornou o texto doutrinário da Igreja em relação à magia, bruxas e transformações como as dos lobisomens. O Capitulatum Episcopi afirma que “Quem acredita que qualquer coisa pode ser... transformado em outra espécie ou semelhança, exceto pelo próprio Deus... é, sem dúvida, um infiel.”
Von Martius, em seu relato sobre os aborígenes brasileiros, narrou que “Um índio pode ocasionalmente ser visto vagando por um tempo, pálido, silencioso e com um olhar fixo e confuso. Por fim, ele se solta repentinamente à noite, corre delirando pela aldeia, uiva, revira os gravetos e corre para a floresta.”
O assunto para o qual estamos prestes a chamar a atenção do leitor é um dos quais muito pouco parece ser conhecido pelo mundo em geral, embora por sua natureza extraordinária propomos, portanto, a dar um breve esboço histórico dele, extraindo nossas informações de todas as fontes disponíveis, e oferecendo as observações que podem ocorrer de vez em quando.
Seitenanzahl | 76 |
Ausgabe | 1 (2020) |
Format | A4 (210x297) |
Einband | Taschenbuch |
Papiertyp | Uncoated offset 75g |
Sprache | Portugiesisch |
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