Vivemos uma época marcada pela saturação. As grandes categorias que organizaram o conhecimento moderno — sujeito e objeto, indivíduo e sociedade, razão e emoção, natureza e cultura — continuam a ser repetidas, mas já não conseguem dar conta da experiência concreta de viver, trabalhar, amar, adoecer, criar e decidir em um mundo atravessado por crises simultâneas. O resultado é uma sensação difusa de desencaixe, cansaço e perda de sentido, mesmo quando tudo parece estar “funcionando”.
É nesse contexto que surge a ORI — Ontologia Relacional Intertensiva. Em vez de propor mais um sistema fechado ou uma nova teoria totalizante, a ORI parte de uma constatação simples e radical: o real não se organiza por essências fixas, mas por relações em tensão. O humano, longe de ser um “sujeito estável”, aparece como um processo vivo de composição entre corpo, linguagem, história, vínculos e horizontes de sentido.
O conceito central do livro — ori-ginalização — não designa origem no sentido clássico, nem autenticidade idealizada. Ele nomeia o movimento contínuo pelo qual a presença humana se produz e se recompõe, sempre de modo instável, situado e relacional. Ori-ginalizar é sustentar-se em meio às tensões do mundo sem reduzi-las à violência, à rigidez ou ao colapso.
| Número de páginas | 146 |
| Edição | 1 (2025) |
| Formato | A4 (210x297) |
| Acabamento | Capa dura |
| Coloração | Preto e branco |
| Tipo de papel | Uncoated offset 90g |
| Idioma | Português |
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