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A narrativa tem como eixos duas mulheres separadas por origem e destino, mas unidas pela mesma violência da história.
Anahí, jovem tupiniquim curiosa e de espírito livre, é o símbolo da terra intocada, da inocência que floresce em harmonia com a mata, as águas e os espíritos que nela habitam. Seu olhar infantil presencia o impossível: a chegada das caravelas, as cruzes fincadas na areia, o contágio invisível que mata antes mesmo da guerra e a destruição lenta dos laços de sua gente.
Isaura, filha da nobreza lisboeta e educada no Real Colégio das Donzelas Nobres, é enviada contra a própria vontade para “civilizar” os indígenas capturados. Dentro das caravelas, ela se vê prisioneira da missão que a obriga a vestir e converter Anahí — e, ao fazê-lo, descobre a própria escravidão moral e espiritual que a fé disfarçada de poder impõe também às mulheres europeias.
Entre as duas, ergue-se o abismo da colonização: a imposição de uma fé que apaga, a domesticação do corpo e da alma em nome de um Deus estrangeiro.
| ISBN | 9786501775524 | 
| Número de páginas | 266 | 
| Edição | 1 (2025) | 
| Formato | A5 (148x210) | 
| Acabamento | Brochura c/ orelha | 
| Coloração | Preto e branco | 
| Tipo de papel | Uncoated offset 90g | 
| Idioma | Português | 
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