
Helen era uma mulher como tantas outras: mãe, viúva, sobrevivente. Entre contas atrasadas, silêncios amargos e sorrisos forçados, tentou segurar o mundo com as mãos nuas para proteger os filhos do que ela mesma já não sabia nomear. Mas a morte chegou sorrateira, vestida de tragédia doméstica, levando Emily — sua filha pequena — num dia de vento no quintal. A partir daí, o tempo deixou de ter direção, e o amor passou a ter gosto de culpa.
Com Henry, o filho que ficou, Helen mergulha numa espiral de silêncios e olhares cortantes, onde o amor se contorce, a dor grita sem som, e a culpa se transforma em veneno. As palavras viram armas, os abraços, trincheiras. E no instante mais escuro da alma, quando já não se distingue mais amor de alucinação, Helen comete um último gesto: cruel, piedoso, imperdoável. E definitivo.
Este romance é uma descida sem freios ao fundo mais abissal da mente de uma mãe devastada. Uma história sobre os limites do afeto, os fantasmas da maternidade e o tipo de dor que enlouquece em silêncio. Escrito com brutalidade lírica e honestidade cortante, O Lugar que Não Era Paz é um retrato de como o amor pode ser a faca — e o corte.
Número de páginas | 100 |
Edição | 2 (2025) |
Idioma | Português |
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