A cada mudança, a cada cidade, Nena parecia buscar não um lugar, mas um sentido — talvez aquele que começou a se desenhar quando o caminhão desapareceu na curva e a roça ficou para trás.
Dos tempos do Circo de Sete Palitos, guardou o espanto com o mundo — a descoberta de que a vida, mesmo quando rústica, é feita de pequenos encantos.
De O Forasteiro da Cidade, aprendeu que crescer é também desenraizar-se, trocar o campo pelo asfalto, a inocência pela experiência.
De O Medo na Estrada, trouxe o pressentimento de que coragem não é ausência de medo, mas a persistência de seguir apesar dele.
De Memórias da Araripa, conservou o olhar crítico sobre a vida simples, a dignidade dos que pouco têm e a beleza do cotidiano.
E de A Vida na Roça, jamais esqueceu o valor da terra, das mãos calejadas, do suor que alimenta e dignifica.
Essas memórias não se perderam. Tornaram-se estradas interiores — caminhos de lembrança e de aprendizado. O menino curioso que partiu, um dia, com o coração apertado e o rosto sujo de poeira, transformou-se em homem. Mas o menino permaneceu, guardado em silêncio, à espera de ser lembrado — como o som de um trem que nunca veio, mas cuja presença ainda ressoa nos ouvidos da alma.
Keywords: literatura brasileira, romance de época, família, religião, politica, economia dos anos 60
| ISBN | 9786526603680 |
| Seitenanzahl | 272 |
| Ausgabe | 1 (2025) |
| Format | A5 (148x210) |
| Einband | Taschenbuch mit Klappen |
| Farbe | Schwarz-Weiß |
| Papiertyp | Cream |
| Sprache | Portugiesisch |
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