Eu sem máscara ou disfarce

Roberto Sant é uma figura significativa no cenário literário brasileiro, especialmente no contexto da produção cultural independente e periférica. Sua obra, marcada por uma escrita poética e profunda, aborda temas universais como a vida, a morte e a espiritualidade, utilizando um rico simbolismo e imagens evocadoras que convidam o leitor a refletir e a se emocionar.

Nos anos 80, Roberto Sant ganhou destaque com o livro ‘Adeus Anne’, uma obra emblemática que consolidou sua reputação como autor. Optando por um caminho alternativo de publicação, ele se tornou parte de um movimento de autores independentes que divulgavam e vendiam seus livros pessoalmente em feiras culturais, bares e eventos. Essa escolha reflete não apenas uma postura de resistência ao mercado editorial tradicional, mas também um compromisso com a democratização da cultura e a valorização da expressão artística popular.

Como artista oriundo da periferia de São Paulo, Roberto Sant defende a liberdade de expressão e a importância da produção cultural independente como um movimento essencial para a transformação social. Ele critica a realidade social brasileira, que muitas vezes marginaliza a periferia, desvinculando-a do circuito cultural nacional. Sua trajetória e sua obra são exemplos de como a arte pode ser uma ferramenta poderosa para questionar estruturas de poder e promover a inclusão e a diversidade cultural.

Roberto Sant é, portanto, não apenas um poeta e escritor, mas também um ativista cultural que luta por um espaço mais justo e representativo para as vozes das periferias no cenário cultural brasileiro. Sua obra e sua postura inspiram novas gerações de artistas e leitores a valorizar a produção independente e a buscar uma conexão mais autêntica com a realidade social do país.