Rumos incertos

Fábio José Vieira, o Pratinha, está lançando, em maio de 2023 o livro número 25, de poemas "Rumos Incertos". Podemos considerar este fato, um Jubileu de Prata das suas edições. É com essa visão que o apresentamos como jubilado. Não haverá festas nem alardes. Será apenas um marco da sua carreira literária. Desde o primeiro livro publicado, acompanhei as obras dele, visto que estive presente nos bastidores da produção e realizei os trâmites de preparação das obras, dando-lhes o status de finalizados para entrega à Editora Agbook. Vi o poeta nascer para as edições individuais e escrevi os prefácios, bem como sinopses e textos das abas (orelhas). Estes procedimentos levaram-me a um constante acompanhamento e análise do seu universo poético. Pratinha teve várias fases, ao longo desse período de edição dos seus textos. Há uma pureza de pensamento em seus escritos. Nota-se que ele viaja por mundos recorrentes e outros novos, sempre em nome do amor e da contemplação. Há, no conjunto de sua obra, uma pessoa amada divinizada, sugerindo nas entrelinhas que sua temática é a busca de um amor verdadeiro, baseado em conceitos de sua alma, ligando tudo aos seus desejos carnais, como sagrados, na medida do Deus universal que ele cultua, com admirável naturalidade. Pratinha anda pelo mundo onírico, como parte complementar da vida terrena. Tanto em suas divagações românticas, quanto nos desejos humanos, coloca seu andamento sempre nas mãos desse Deus Criador e dele espera a realização dos seus sonhos de amor. Ora constantemente para que sua amada o entenda, o acompanhe e seja tão apaixonada e entusiasmada quanto ele, e, ao mesmo tempo, perfeita. Há uma religiosidade que se expande no universo, contempla um Deus não pagão e não tem pressa ao esperar seus desígnios. Por vezes, parece que este poeta vive para a eternidade, Ao mesmo tempo, tem os pés nos desejos de amor, como sagrados. Tudo para ele é sagrado. Seus poemas são despretensiosos, sem empáfia e construtivismos. Passam por um discorrer de emoções, indo num compasso solene de encantamento e determinado de dar glórias à vida. Mesmo quando há momentos dolorosos, não esbraveja, nem reclama, mas se contém numa consciência de fidelidade aos seus princípios filosóficos, temporais e transcendentais. Não se pode dizer que sua poesia é temática, pois procura diversificar suas inspirações. Mas há um clima de Amor e de Fé que a tudo suplanta. (Luciana Carrero, produtora cultural, reg. 3523, na Lei de Incentivo à cultura) da SEDAC/RS