Thomas Rafael Moura, ou simplesmente Tom, vive em uma órbita solitária. Aos 43 anos, ele habita um pequeno apartamento frio que se transformou em sua Nave Silenciosa pessoal, onde a solidão se manifesta como uma claustrofobia cósmica. Perseguido pelo apelido de infância, Major Tom, ele é assombrado não pela glória da fuga espacial, mas pela ausência do eu que nunca conseguiu decolar. Entre alucinações de chiados de rádio e o som metálico de um comunicador defeituoso, Tom tenta desesperadamente se agarrar à Terra. Sua vida é um delay perceptível, uma coleção de memórias partidas. Um pai obcecado por foguetes de sucata, uma mãe que buscava o alívio nas Cinzas e um amor de juventude que ele perdeu por não ter coragem de revelar seu profundo deslocamento. Quando o colapso é inevitável, o Major Tom surge como um duplo espectral, a projeção lírica de seu exílio autoimposto. A negação o leva a uma fuga caótica pela cidade e, finalmente, a um encontro enigmático com seu Duplo, que fala sobre a Blackstar, o ponto de singularidade onde toda a sua massa é esmagada no vazio. Confrontado com o medo da finitude e a verdade do universo, Tom entende o mito: o Major Tom não estava perdido, ele escolheu não voltar à densidade da vida. Ele aceita seu exílio, vê seu corpo como um traje alugado e sela uma última mensagem antes do silêncio. Mas, em sua órbita final, ele tem uma última e devastadora revelação: a fuga de seus pais e sua própria evasão eram apenas formas distorcidas de expressar uma
| Número de páginas | 105 |
| Edição | 1 (2025) |
| Formato | A5 (148x210) |
| Acabamento | Brochura c/ orelha |
| Coloração | Preto e branco |
| Tipo de papel | Cream |
| Idioma | Português |
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