A legitimidade do uso da terra indígena por não índios a partir do protagonismo dos povos indígenas

Von Julianne Holder da Câmara Silva

Buchcode: 328993

Kategorien

Wissenschaft, Recht, Bildung, Verfassungsrecht, Bürgerrechte

Teilen Sie dieses Buch
Diese Seite wurde 1328 Mal seit 19/06/2020 besucht
Gedruckte Version
Nicht verfügbar
Dieses E-Book könnte ebenfalls zum Verkauf stehen in:

Klappentext

O presente estudo visa demonstrar que o uso da terra indígena por não índios para ser legítimo precisa contar com a participação protagonista dos povos afetados por projetos, obras ou empreendimentos, de modo a romper com o padrão excludente e intervencionista que permeou historicamente as relações entre povos indígenas/estado/sociedade civil e que os deixou à margem das importantes decisões de impacto em suas terras, vidas e recursos. Oportunizar uma participação protagonista significa não só permitir acesso à informações e esclarecimentos, mas significa sobretudo viabilizar a inclusão ativa dos indígenas nos processos de tomadas de decisões, permitindo-os levar suas questões ao debate e à negociação com o estado e empresas, construindo um canal de comunicação constante que os conduza à centralidade de qualquer projeto que os impacte diretamente. Ações protagonistas constituem uma alternativa ao indigenismo integracionista que orientou as políticas dos países latino-americanos por décadas e que institucionalizou a aculturação e “civilização” dos índios como objetivo de governo. Sob a lógica da conquista pelos povos indígenas do controle sobre seus territórios e recursos, sobre suas vidas, escolhas e prioridades, partimos do pressuposto de que um devido procedimento de consulta, no qual lhes seja oportunizado o protagonismo, seria um caminho apto para promover a transformação da política institucionalizada de marginalização e opressão aos povos autóctones. Os protocolos autônomos de consulta seriam a chave para esse processo, cumprindo com o papel de inclusão participativa dos povos indígenas na tomada de decisões sobre o uso de suas terras, se originando da vontade e ação dos mesmos, segundo seus procedimentos próprios de representatividade. Garantir a realização do direito de consulta através da observância dos protocolos comunitários reveste de legitimidade o uso da terra indígena por não índios ao lhes oportunizar autonomia e controle sobre seus territórios, traduzindo-se ainda no reconhecimento de sua identidade étnica e cultural construída sobre uma íntima relação com a terra habitada e seus recursos, apresentando um significativo potencial para emancipá-los do paradigma integracionista de incapacidade civil, a partir da transformação no tratamento histórico de opressão e marginalização dos povos indígenas.

Merkmale

ISBN 978-65-990-8584-0
Seitenanzahl 213
Ausgabe 1 (2020)
Format A5 (148x210)
Einband Taschenbuch mit Klappen
Farbe Schwarz-Weiß
Papiertyp Uncoated offset 75g
Sprache Portugiesisch

Haben Sie Beschwerden über dieses Buch? Sende eine Email an [email protected]

Sprechen Sie mit dem Autor
Mais publicações dessa editora
Vollständige Liste anzeigen
Verwandte Veröffentlichungen
Vollständige Liste anzeigen
Gedruckt
€ 14,12
E-Book
€ 5,37
Gedruckt
€ 7,78
E-Book
€ 4,68
Gedruckt
€ 10,47
E-Book
€ 4,17
Kommentare

Klicken Sie auf Anmeldung und hinterlassen Sie Ihren Kommentar zum Buch.

0 Kommentare