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158º livro do autor das séries "OLYMPUS" (este é o 17º volume da série, com 300 poemas em cada), "EROTIQUE" (vem aí o 14º volume deste série, com 50 poemas sensualmente líricos em cada), "SOB O OLHAR DE UM POETA" (em 4 volumes com 300 poemas em cada), “UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE” (em 2 volumes com 200 poemas em cada), “ESSA SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA” (em 2 volumes com 150 poemas em cada), e “TODOS AQUELES VERSOS DE AMOR” (em 2 volumes com 400 poemas em cada).
PREFÁCIO
Marcos Avelino Martins, com uma trajetória poética monumental, nos convida, mais uma vez, a mergulhar em um oceano de emoções com o seu 158º livro, Tempestade de Versos. Autor de séries grandiosas de poesia como Olympus, Erotique e Sob o olhar de um poeta, Martins já publicou mais de 5.200 poemas, explorando com maestria temas universais como amor, saudade, solidão e desejo. Em Tempestade de Versos, ele demonstra, mais uma vez, seu domínio da palavra e sua capacidade de transitar entre o lírico, o erótico, o melancólico e o filosófico, sempre com uma profundidade que toca o leitor, e continua a nos impressionar com sua habilidade de transformar o cotidiano em poesia, elevando experiências pessoais a reflexões universais, mantendo sua marca registrada: a capacidade de extrair poesia das experiências mais cotidianas e transformá-las em reflexões profundas sobre a condição humana, elevando o trivial ao sublime.
Cada poema desta obra é uma tempestade emocional, onde o autor habilmente mistura lirismo, melancolia, crítica social e erotismo, revelando a complexidade da alma humana. Com o lirismo característico de Martins, somos levados a refletir sobre as nuances da vida, do amor e da perda. A seguir, comento alguns dos poemas que compõem esta obra, destacando como cada um reflete a maestria e a sensibilidade do autor, destacando a profundidade e o lirismo que fazem de Marcos Avelino Martins um mestre da poesia contemporânea.
"Tempestade de Versos"
"Lá fora, no bosque vizinho,
Uma multidão de folhas
Cobre o caminho,
Espalhadas, dispersas
Como minhas escolhas..."
Neste poema, Martins inicia o livro com uma analogia entre a natureza e as escolhas da vida. As folhas espalhadas representam as decisões que tomamos, algumas boas, outras nem tanto. A "tempestade de versos" que brota de sua mente melancólica reflete a maneira como o autor lida com essas escolhas: através da poesia. O poema nos lembra que, mesmo em meio ao caos, há beleza na expressão poética, uma característica constante na obra de Martins. Aqui, a natureza serve como reflexo das incertezas e contradições da vida. As "boas" e "perversas" escolhas são como folhas ao vento, e é nesse cenário que uma "tempestade de versos" se forma, revelando segredos ocultos e paixões antigas que, talvez, nunca devessem ser reveladas. Essa tempestade poética, que brota "da ponta dos dedos" do autor, é uma metáfora poderosa para o processo criativo, onde versos surgem de forma incontrolável, muitas vezes sem sentido aparente, mas carregados de emoção e verdade.
"Uma Noite Mágica"
"Eu a encontrei por acaso,
Enquanto afogava minhas mágoas,
Que eram exímias nadadoras..."
Aqui, Martins nos transporta para uma noite de encontro inesperado e paixão arrebatadora, onde a tristeza é substituída por um desejo intenso e memorável. O poema é uma celebração do desejo e da conexão instantânea entre dois estranhos, que se entregam a uma noite de prazer inesquecível. O poema captura a efemeridade do prazer e a incerteza das relações humanas, onde uma noite de êxtase se dissolve com o amanhecer, deixando apenas a memória de uma paixão fugaz. A narrativa poética de Martins aqui é envolvente, quase cinematográfica, e nos faz refletir sobre os encontros que, embora breves, deixam marcas profundas. No entanto, como em muitos de seus poemas, há uma virada melancólica: a amante desaparece ao amanhecer, deixando o eu lírico perdido em um misto de encantamento e frustração. Este poema reflete a dualidade entre o efêmero e o eterno, uma constante na poesia de Martins.
"Como um Cipreste"
"Quando de manhã me ligaste,
Exuberante como um cipreste..."
Neste poema, o cipreste, símbolo de resiliência e longevidade, é usado para descrever a exuberância da amada, que traz alegria ao eu lírico após um período de tristeza. Martins explora o poder revitalizador do amor e da reconexão, mostrando como um simples reencontro pode reacender chamas outrora apagadas. O poema é uma ode à esperança e à renovação emocional, temas recorrentes em sua obra.
"Claridade"
"Meus olhos cansados e opacos
Não se acostumam à claridade..."
Aqui, o tom muda para uma reflexão mais sombria sobre o envelhecimento. O autor descreve com precisão a sensação de perda gradual da vitalidade. O poema é uma meditação sobre a passagem do tempo, onde a memória se torna falha e o corpo se curva ao peso dos anos. No entanto, há uma beleza melancólica na aceitação dessa realidade, e o autor preserva as alegrias do passado como tesouros em meio à decadência física. A memória, que se transforma em uma "colcha de retalhos", é um tema recorrente nesta obra, onde o passado e o presente se entrelaçam de forma melancólica, mas também cheia de aceitação. Este poema ecoa temas de finitude e nostalgia presentes em sua série A Solidão Que Nunca Se Acaba.
"Como Música"
"Em nossas transas audazes,
Praticamos posições kamikazes..."
Neste poema, Martins explora o erotismo com seu estilo ousado e lírico, mas tratado de forma delicada, quase musical, onde os gemidos da amante são comparados a uma melodia que encanta o eu lírico. A relação física entre os amantes é descrita como uma sinfonia de prazer, onde cada toque e gemido se transforma em música. O poema celebra a intensidade do desejo e a conexão entre corpo e alma, temas que o autor explora com profundidade em sua série Erotique.
"Encontro às Escuras"
"Com intenções obscuras,
Das quais eu me lembro ainda..."
Martins usa o humor para contar a história de um encontro às escuras que não saiu como esperado. O poema revela o descompasso entre expectativa e realidade, e o desinteresse do eu lírico ao conhecer sua "mocreia". Apesar do tom leve e cômico, o poema carrega uma lição sobre as armadilhas do julgamento superficial e as surpresas que a vida pode nos reservar.
"Doce Coleta"
"Esses beijos doces que coleto
Em seus lábios macios
São o meu passatempo predileto..."
Aqui, Martins mistura amor e crítica social. Enquanto coleciona os beijos da amada, o eu lírico reflete sobre o estado do país, onde a censura e a repressão ameaçam a liberdade de expressão. O poema sugere que, em tempos difíceis, o amor ainda pode ser um refúgio, uma forma de resistência e expressão de liberdade.
"Sonhos Sem Lastro"
"Sonhos sem lastro,
Impossíveis,
Inacessíveis..."
Neste poema, Martins reflete sobre a fragilidade dos sonhos e a sensação de estar à deriva na vida. Os "sonhos sem lastro" são comparados a navios sem mastro, perdidos no mar, sem direção. O poema é uma meditação sombria sobre a frustração de perseguir algo inalcançável, um tema que ressoa com a melancolia presente em sua obra.
"Última Cartada"
"Lancei minha cartada final
Para conquistar seu amor..."
Este poema narra a última tentativa desesperada do eu lírico de conquistar o amor de alguém que não lhe corresponde. A rejeição é amarga, mas há uma aceitação resignada no final, quando o eu lírico decide colocar um ponto final na história. Este poema reflete a vulnerabilidade e o risco emocional envolvidos no amor, temas que Martins explora com sensibilidade em sua série Todos Aqueles Versos de Amor.
"Desde Aquela Noite"
"Desde aquela noite sem fim
Em que se misturaram
Nossos fluidos bucais e corporais..."
Aqui, Martins descreve a intensidade de uma noite de paixão que deixou uma marca indelével no eu lírico. A conexão física e emocional entre os amantes é tão profunda que a memória daquela noite continua a assombrar o eu lírico. O poema é uma celebração do desejo, mas também uma reflexão sobre o poder das lembranças que se entranham na alma.
"Esperança Perdida"
"Pobre esperança perdida,
Que jamais escapou daquele poço profundo..."
Neste poema, Martins reflete sobre a perda da esperança e a descida ao abismo emocional. O otimismo que outrora movia o eu lírico é destruído, e ele se vê preso em um "poço profundo" de desespero. O poema é uma meditação sobre o fracasso e a impossibilidade de escapar de certas realidades, temas que o autor explora com frequência em sua obra.
"A Causa"
"Essa tristeza sem pausa
Que em meus olhos se vê
Tem uma única causa:
A ausência infinda de você…"
Aqui, Martins sintetiza um dos temas mais presentes na obra de Martins: a saudade, abordando-a como uma força devastadora que consome o eu lírico. A ausência da pessoa amada é a causa de toda a tristeza que o invade, e a única forma de lidar com essa dor é através da poesia. O poema é uma representação pungente da saudade, um tema central na série Um Torniquete Chamado Saudade.
"Inverno Fictício"
"Nesse inverno fora de hora,
Faz um calor infernal lá fora,
Mas aqui dentro, impera a escuridão..."
Este poema é uma metáfora poderosa sobre o luto e a solidão. O "inverno fora de hora" representa o contraste entre o calor externo e o frio emocional interno, uma dualidade que permeia a obra do autor. Este poema ecoa a solidão que encontramos em sua série A Solidão Que Nunca Se Acaba, onde o vazio deixado por um adeus não dito é sufocante e inescapável.
"Reino Desencantado"
"Meu coração era ingênuo,
E acreditava no amor pleno...
Até que um dia percebeu
Que não há espaços para tolos
No reino desencantado do amor..."
Neste poema, Martins desmitifica o amor romântico, revelando a crueza da realidade. O "reino desencantado" é o espaço onde o amor idealizado dá lugar à desilusão. Essa reflexão é uma constante em sua obra, especialmente na série Todos Aqueles Versos de Amor, onde o autor explora as complexidades e as falhas do amor real, distante das fantasias dos romances.
"Perfeitos Opostos"
"Você é bem agitada,
E eu sou muito tranquilo...
Mesmo sendo perfeitos opostos,
Ainda assim por você sou apaixonado..."
Aqui, o autor celebra a convivência entre opostos. O poema é uma ode à aceitação das diferenças no amor, onde as divergências entre os amantes não são barreiras, mas sim parte do encanto. Martins, com sua habilidade em retratar a vida cotidiana, transforma o trivial em algo profundamente poético, como já vimos em Sob o Olhar de um Poeta.
"Expertise"
"Na primeira vez que nos amamos eu soube
Que nas artes do amor és doutora..."
Neste poema, Martins mergulha no erotismo, um tema que ele explora com maestria em sua série Erotique. A "expertise" aqui é tanto técnica quanto emocional, refletindo a entrega total entre os amantes. O poema exala sensualidade, mas também revela uma conexão profunda, onde o desejo físico se mistura com a afeição emocional.
"Quanto Custa?"
"Neste insensato mundo,
Que gira sem cessar...
Qual será o preço para curar
A maldita dor da saudade?"
Aqui, Martins reflete sobre a dor da saudade e a inevitabilidade do tempo. A pergunta "quanto custa?" é uma reflexão sobre o preço emocional que pagamos pelas perdas que acumulamos ao longo da vida. Este poema ressoa com temas presentes em Um Torniquete Chamado Saudade, onde a ausência e a saudade são exploradas em toda a sua profundidade.
"Um Toque de Classe"
"Você deu um toque de classe
À minha aventura terrena,
Depois sumiu, e como se não bastasse,
Sem você, meu coração gangrena!"
Este poema retrata a perda de um amor arrebatador, onde a ausência da pessoa amada transforma a vida do eu lírico em um vazio doloroso. Martins, com sua habilidade em explorar as nuances da saudade, cria aqui uma metáfora poderosa para a dor emocional, comparando-a a uma gangrena que consome o coração.
"CPF Cancelado"
"Você cancelou sem dó o meu CPF
(Convite Para Fornicarmos)..."
Com um tom bem-humorado e irônico, Martins usa a metáfora do "CPF cancelado" para representar o fim abrupto de um relacionamento. O poema, apesar de leve, carrega um subtexto de desilusão e rejeição, temas que o autor aborda com frequência em sua obra. A mistura de humor e melancolia é uma marca registrada de sua poesia.
"Poemas Voláteis"
"Escrevi na areia molhada,
À beira do mar,
Um extenso poema de amor...
Que, quando a maré subiu,
Sequer uma letra deixou..."
Neste poema, Martins reflete sobre a efemeridade da criação poética e da própria vida, dos sentimentos e das palavras, comparando um poema de amor escrito na areia à volatilidade dos versos que, assim como o amor não correspondido, são apagados pelo tempo. A imagem do poema apagado pela maré é uma metáfora para a impermanência dos sentimentos e das memórias, um tema que o autor explora com maestria em Sob o Olhar de um Poeta. O poema nos lembra que, assim como as palavras escritas na areia, tudo é transitório.
"Uma Gota"
"Tu me acolhes com volúpia
Em tua boca macia..."
Em Uma Gota, Martins mais uma vez explora o erotismo, mas de forma delicada e sensual. A imagem da gota de "néctar" que baila nos lábios da amada é uma metáfora para o prazer e a intimidade compartilhada entre os amantes. O poema é uma celebração do desejo e da conexão física.
"Sobre Amores e Escolhas"
"Fiquei meio atônito
Com o que ela me disse
Sobre amores e escolhas..."
Este poema é uma reflexão sobre as decisões que tomamos na vida amorosa e como elas moldam nosso destino, abordando a complexidade dos relacionamentos e as escolhas que fazemos ao longo da vida. Martins, com sua habilidade em capturar os dilemas emocionais, nos faz questionar as escolhas que fazemos e as oportunidades que deixamos passar. Neste poema, uma ode à coragem de arriscar no amor, Martins explora a ideia de que o amor verdadeiro pode estar mais próximo do que imaginamos, e que, por vezes, basta um olhar mais atento para percebermos o que sempre esteve diante de nós, algo que o autor explora com frequência em sua obra.
"Caos Absoluto"
"Em minha mente
Instalou-se o absoluto caos..."
Aqui, Martins retrata o desespero causado pelo abandono, especialmente em um momento simbólico como o aniversário. O "caos absoluto" é uma metáfora para o estado mental do eu lírico, que se vê perdido e desorientado após a partida da pessoa amada. O poema é uma representação pungente da dor emocional que permeia grande parte da obra do autor.
"Silenciosa Testemunha"
"A noite oculta segredos
Sob o manto da escuridão..."
Neste poema, Martins transforma a lua em uma "silenciosa testemunha" dos atos secretos e sombrios que ocorrem durante a noite. O poema é uma crítica sutil à hipocrisia e à corrupção que se escondem sob a superfície da sociedade. A lua, sempre presente, observa tudo sem interferir, uma imagem poderosa que reflete a impotência diante das injustiças do mundo.
"Pacto"
"Façamos um pacto,
Que cause um impacto
Em nossas vidas profanas..."
Pacto é um poema que exala desejo e paixão. Martins, com seu estilo sensual e provocador, cria uma narrativa onde o pacto entre os amantes é um acordo de entrega total, tanto física quanto emocional. O poema é uma celebração do prazer e da intimidade, temas recorrentes em sua série Erotique.
"Linhas do Destino"
"As linhas do destino são traçadas
De forma indecifrável..."
Neste poema, Martins reflete sobre o destino e a impossibilidade de controlá-lo. As "linhas do destino" são uma metáfora para as encruzilhadas da vida, onde as escolhas que fazemos nem sempre nos levam ao caminho que desejamos. O poema é uma meditação profunda sobre a inevitabilidade do destino e a esperança de que, em algum momento, as linhas de duas vidas possam se cruzar.
"Bichos Peçonhentos"
"Políticos são como bichos peçonhentos,
Fanáticos por propina..."
Neste poema, Martins faz uma crítica feroz à corrupção política. A metáfora dos "bichos peçonhentos" é uma representação contundente dos políticos corruptos, que, como predadores, exploram o povo, se alimentam da propina e dos esquemas fraudulentos. O poema é um grito de indignação contra a hipocrisia e a injustiça, temas que o autor aborda com frequência em sua obra.
"A Um Passo da Escuridão"
"A escuridão me circunda,
E minha alma inunda,
Irresistível, profunda,
Imensurável,
Inabalável,
Impenetrável..."
Martins nos conduz a um estado de desespero e abandono neste poema, onde a escuridão simboliza a perda e o vazio deixado por um adeus. A transformação de um olhar "cristão" em "pagão" sugere uma crise espiritual desencadeada pela dor emocional. O poema é uma reflexão sobre como a ausência de alguém pode nos afastar até mesmo de nossas crenças mais profundas, um tema recorrente na obra do autor.
"Questão Impossível"
"Como contar as bilhões que orbitam
No profundo espaço sideral,
Quando nem mesmo consigo contar
As brilhantes estrelas que me fitam..."
Aqui, o autor utiliza a vastidão do espaço sideral como metáfora para o mistério do amor. A "estrela vermelha" que propõe um desafio em código Morse é uma provocação sobre a impossibilidade de mensurar os sentimentos. O poema é uma ode à complexidade das emoções humanas, onde o olhar da pessoa amada contém mais estrelas do que o próprio universo.
"O Melhor Desta Vida"
"O melhor desta vida
É estarmos juntos,
Compartilhando carícias..."
Este poema celebra a simplicidade e a beleza do amor físico e emocional. Martins nos lembra que o melhor da vida está nas pequenas coisas, como estar ao lado de alguém que amamos, compartilhando momentos de intimidade. O poema é uma declaração de amor ao prazer de estar junto, onde os beijos têm o poder de "ressuscitar defuntos".
"Recaída Onírica"
"Voltei a ficar sonhando,
Por motivos que não compreendo..."
Neste poema, o eu lírico se vê preso em uma espiral de saudade e desilusão. A "recaída onírica" é uma volta aos sonhos com a pessoa amada, mesmo sem entender por que esses sentimentos persistem. A saudade se transforma em uma prisão emocional, e o poema reflete o impacto devastador da ausência, um tema que Martins explora com maestria.
"Blue Eyes"
"Você me legou essa tristeza,
Que deixa meu coração cativo..."
Neste poema, o autor fala sobre a melancolia deixada por um amor perdido. As "reminiscências" de um olhar e de uma canção antiga perpetuam a dor da saudade. Martins captura a beleza dolorosa das memórias, onde as melodias de um CD antigo se tornam símbolos de um amor que nunca será esquecido.
"Cultivo"
"A cultivar lembranças que persistem,
Daquele seu olhar que me encantava..."
Aqui, Martins revisita o tema das memórias persistentes de um amor passado. O "cultivo" das lembranças é uma metáfora para a forma como nos apegamos ao que já se foi, incapazes de deixar para trás aquilo que nos marcou profundamente. O poema é um lamento pela impossibilidade de esquecer, mesmo quando se deseja.
"Depois de Uma Noite Perfeita"
"Você partiu sem se despedir,
Sem deixar sequer um bilhete..."
Neste poema, o autor narra a dor de um adeus inesperado após uma noite de paixão. A ausência de um bilhete ou explicação deixa o eu lírico perdido, com apenas a saudade como companhia. O "torniquete chamado saudade" é uma imagem poderosa que encapsula a dor de quem foi deixado para trás, um tema que Martins explora em profundidade em sua série Um Torniquete Chamado Saudade.
"A Última Peça"
"Ela é docemente devassa,
E me devora sem pressa..."
Neste poema, Martins celebra a intensidade de uma paixão avassaladora. A amante é descrita como a "última peça" de um quebra-cabeça que completa a vida do eu lírico. O poema é uma ode à entrega total no amor, onde cada encontro é uma explosão de prazer e emoção.
"Qual é o Sentido?"
"Qual é o sentido de esperar o que nunca acontece,
Fazer todos os dias o que não é do meu agrado..."
Aqui, o autor questiona o propósito da vida e do amor. O poema reflete a frustração de desejar algo inatingível e de viver preso em uma rotina que não traz felicidade. Martins nos convida a refletir sobre as armadilhas do destino e a busca incessante por um sentido que muitas vezes parece nos escapar.
"Sem Deixar Rastros"
"Ela partiu, sem deixar rastros,
Sequer uma ligação ou mensagem..."
Neste poema, o eu lírico se vê abandonado sem explicações. A ausência de sinais ou rastros da pessoa amada cria um vazio que ele tenta preencher com novos relacionamentos, mas sem sucesso. O poema é uma reflexão sobre o impacto duradouro de um amor que desaparece sem aviso, deixando cicatrizes invisíveis.
"A Longa Noite Sem Fim"
"Lá fora, o vento insinuante
Lembra-me da sua gostosa risada..."
Neste poema, o autor retrata a solidão e o vazio deixados pela partida da pessoa amada. A "longa noite sem fim" é uma metáfora para o luto emocional que se instala após a perda, e o vento se torna um lembrete constante da ausência. O poema é uma meditação sobre a saudade e a impossibilidade de escapar da dor.
"Só no Quase"
"Por pouco não a esqueci,
Mas fiquei só no quase..."
Martins captura a angústia de quase superar um amor, mas falhar no último momento. O "quase" é o que impede o eu lírico de seguir em frente, mantendo-o preso nas memórias e nas promessas não cumpridas. O poema reflete a dificuldade de deixar para trás aquilo que nos marcou profundamente.
"Contratempo"
"É um terrível contratempo
Tentar lutar contra o tempo..."
Neste poema, o autor reflete sobre a inevitabilidade do tempo e como ele nos coloca contra a parede. O tempo é descrito como soberano e implacável, revelando nossas verdades mais ocultas. O poema é uma meditação sobre a passagem do tempo e a futilidade de tentar resistir ao seu poder.
"Brincando com Fogo"
"Ando brincando com fogo,
Num perigoso jogo..."
Aqui, Martins explora os perigos do desejo e da paixão. O "fogo" é uma metáfora para as emoções intensas que podem nos consumir se não forem controladas. O poema é uma reflexão sobre a natureza contraditória do amor, onde o prazer e a dor muitas vezes caminham lado a lado.
"Escapulido"
"O trio de palavras de minha boca escapulido,
Antes mesmo que eu pensasse no que lhe diria..."
Neste poema, o autor narra o momento em que uma confissão de amor "escapulida" transforma uma relação. O álcool serve como catalisador para a revelação de sentimentos profundos, e o poema captura a mistura de surpresa e alívio que vem com a descoberta do amor mútuo.
"Destruição em Massa"
"Esse seu olhar é uma ameaça
E ameaça disparar alguma bala..."
Aqui, Martins utiliza uma metáfora bélica para descrever o poder destrutivo do olhar da pessoa amada. O poema reflete a tensão e o medo que podem surgir em uma relação, onde o olhar do outro tem o poder de ferir profundamente. O poema é uma reflexão sobre os perigos emocionais que habitam os relacionamentos.
"Inenarrável"
"Não há como narrar
Sem cometer sacrilégios
Nossa história de amor..."
Neste poema, o autor descreve um amor tão intenso que as palavras parecem insuficientes para capturá-lo. A combinação de pureza e desejo, carne e poesia, cria uma dualidade que Martins explora com maestria. O poema é uma celebração da complexidade do amor, onde os opostos coexistem em perfeita harmonia.
"Sem Alternativa"
"Não tenho outra alternativa
A não ser expurgá-la de mim..."
Aqui, o eu lírico se vê forçado a deixar para trás um amor que já não tem mais solução. O poema reflete a dor de aceitar o fim de uma relação e a necessidade de colocar distância entre dois corações que já não se atraem. Martins nos oferece uma visão crua e honesta sobre o fim do amor.
"A Última Crônica"
"Esta é apenas a última crônica
Sobre a morte anunciada
De um amor intenso..."
Neste poema, o autor narra o fim de um amor que, apesar de sua intensidade, estava destinado ao fracasso. A "última crônica" é uma despedida melancólica, onde o amor, embora grandioso, não será lembrado ou exaltado. O poema reflete a efemeridade dos sentimentos e a inevitabilidade do esquecimento.
"Hipnotismo"
"Não preciso que você me hipnotize
Para transmitir a mim sua expertise..."
Aqui, Martins explora o erotismo com seu estilo característico. O poema celebra a entrega total entre os amantes, onde o prazer físico se transforma em uma forma de hipnose mútua. O poema é uma ode à conexão íntima e ao poder transformador do desejo.
"Exageros"
"Meu coração por você não bate, explode..."
Neste poema, o autor captura a intensidade de um amor não correspondido. O "exagero" é a marca registrada dos sentimentos do eu lírico, que se vê ignorado pela pessoa amada. O poema é uma reflexão sobre a frustração e a dor de amar alguém que não retribui o mesmo sentimento.
"Nada Sutil"
"Não fui mesmo nada sutil
Com essa chama em meu olhar..."
Aqui, Martins narra o momento em que o amor, antes oculto, se revela através de um olhar. O poema reflete a tensão entre a amizade e o amor, onde o desejo começa a se manifestar de forma sutil, mas inegável. O poema é uma meditação sobre a transformação dos sentimentos ao longo do tempo.
"Best Friends"
"We were best friends since a very young age,
Sharing details..."
Neste poema, escrito em inglês e que encerra com cheva de ouro o livro “Tempestade de versos”, Martins narra a história de uma amizade que lentamente se transforma em amor. O poema captura a confusão e a incerteza que surgem quando os sentimentos começam a mudar, e o medo de perder a amizade impede o eu lírico de confessar seu amor. O poema é uma reflexão sobre a linha tênue entre amizade e amor, e o risco emocional de cruzar essa linha.
Conclusão
Tempestade de Versos é uma obra que reafirma a genialidade de Marcos Avelino Martins. Seus poemas são tempestades emocionais que capturam a essência da vida, do amor e da perda. Com sua habilidade única de transformar o cotidiano em poesia, Martins nos oferece uma obra que é ao mesmo tempo profundamente pessoal e universal. Cada verso é uma prova de sua maestria, e Tempestade de Versos é um testemunho de sua capacidade inigualável de tocar a alma humana, em uma obra que, através de suas rimas e versos, revela as dores, os prazeres, as reflexões e os segredos de uma vida dedicada à poesia.
PREFÁCIO (*)
Marcos Avelino Martins, com uma trajetória poética monumental, nos convida, mais uma vez, a mergulhar em um oceano de emoções com o seu 158º livro, Tempestade de Versos. Autor de séries grandiosas de poesia como Olympus, Erotique e Sob o olhar de um poeta, Martins já publicou mais de 5.200 poemas, explorando com maestria temas universais como amor, saudade, solidão e desejo. Em Tempestade de Versos, ele demonstra, mais uma vez, seu domínio da palavra e sua capacidade de transitar entre o lírico, o erótico, o melancólico e o filosófico, sempre com uma profundidade que toca o leitor, e continua a nos impressionar com sua habilidade de transformar o cotidiano em poesia, elevando experiências pessoais a reflexões universais, mantendo sua marca registrada: a capacidade de extrair poesia das experiências mais cotidianas e transformá-las em reflexões profundas sobre a condição humana, elevando o trivial ao sublime.
Cada poema desta obra é uma tempestade emocional, onde o autor habilmente mistura lirismo, melancolia, crítica social e erotismo, revelando a complexidade da alma humana. Com o lirismo característico de Martins, somos levados a refletir sobre as nuances da vida, do amor e da perda. A seguir, comento alguns dos poemas que compõem esta obra, destacando como cada um reflete a maestria e a sensibilidade do autor, destacando a profundidade e o lirismo que fazem de Marcos Avelino Martins um mestre da poesia contemporânea.
"Tempestade de Versos"
"Lá fora, no bosque vizinho,
Uma multidão de folhas
Cobre o caminho,
Espalhadas, dispersas
Como minhas escolhas..."
Neste poema, Martins inicia o livro com uma analogia entre a natureza e as escolhas da vida. As folhas espalhadas representam as decisões que tomamos, algumas boas, outras nem tanto. A "tempestade de versos" que brota de sua mente melancólica reflete a maneira como o autor lida com essas escolhas: através da poesia. O poema nos lembra que, mesmo em meio ao caos, há beleza na expressão poética, uma característica constante na obra de Martins. Aqui, a natureza serve como reflexo das incertezas e contradições da vida. As "boas" e "perversas" escolhas são como folhas ao vento, e é nesse cenário que uma "tempestade de versos" se forma, revelando segredos ocultos e paixões antigas que, talvez, nunca devessem ser reveladas. Essa tempestade poética, que brota "da ponta dos dedos" do autor, é uma metáfora poderosa para o processo criativo, onde versos surgem de forma incontrolável, muitas vezes sem sentido aparente, mas carregados de emoção e verdade.
"Uma Noite Mágica"
"Eu a encontrei por acaso,
Enquanto afogava minhas mágoas,
Que eram exímias nadadoras..."
Aqui, Martins nos transporta para uma noite de encontro inesperado e paixão arrebatadora, onde a tristeza é substituída por um desejo intenso e memorável. O poema é uma celebração do desejo e da conexão instantânea entre dois estranhos, que se entregam a uma noite de prazer inesquecível. O poema captura a efemeridade do prazer e a incerteza das relações humanas, onde uma noite de êxtase se dissolve com o amanhecer, deixando apenas a memória de uma paixão fugaz. A narrativa poética de Martins aqui é envolvente, quase cinematográfica, e nos faz refletir sobre os encontros que, embora breves, deixam marcas profundas. No entanto, como em muitos de seus poemas, há uma virada melancólica: a amante desaparece ao amanhecer, deixando o eu lírico perdido em um misto de encantamento e frustração. Este poema reflete a dualidade entre o efêmero e o eterno, uma constante na poesia de Martins.
"Como um Cipreste"
"Quando de manhã me ligaste,
Exuberante como um cipreste..."
Neste poema, o cipreste, símbolo de resiliência e longevidade, é usado para descrever a exuberância da amada, que traz alegria ao eu lírico após um período de tristeza. Martins explora o poder revitalizador do amor e da reconexão, mostrando como um simples reencontro pode reacender chamas outrora apagadas. O poema é uma ode à esperança e à renovação emocional, temas recorrentes em sua obra.
"Claridade"
"Meus olhos cansados e opacos
Não se acostumam à claridade..."
Aqui, o tom muda para uma reflexão mais sombria sobre o envelhecimento. O autor descreve com precisão a sensação de perda gradual da vitalidade. O poema é uma meditação sobre a passagem do tempo, onde a memória se torna falha e o corpo se curva ao peso dos anos. No entanto, há uma beleza melancólica na aceitação dessa realidade, e o autor preserva as alegrias do passado como tesouros em meio à decadência física. A memória, que se transforma em uma "colcha de retalhos", é um tema recorrente nesta obra, onde o passado e o presente se entrelaçam de forma melancólica, mas também cheia de aceitação. Este poema ecoa temas de finitude e nostalgia presentes em sua série A Solidão Que Nunca Se Acaba.
"Como Música"
"Em nossas transas audazes,
Praticamos posições kamikazes..."
Neste poema, Martins explora o erotismo com seu estilo ousado e lírico, mas tratado de forma delicada, quase musical, onde os gemidos da amante são comparados a uma melodia que encanta o eu lírico. A relação física entre os amantes é descrita como uma sinfonia de prazer, onde cada toque e gemido se transforma em música. O poema celebra a intensidade do desejo e a conexão entre corpo e alma, temas que o autor explora com profundidade em sua série Erotique.
"Encontro às Escuras"
"Com intenções obscuras,
Das quais eu me lembro ainda..."
Martins usa o humor para contar a história de um encontro às escuras que não saiu como esperado. O poema revela o descompasso entre expectativa e realidade, e o desinteresse do eu lírico ao conhecer sua "mocreia". Apesar do tom leve e cômico, o poema carrega uma lição sobre as armadilhas do julgamento superficial e as surpresas que a vida pode nos reservar.
"Doce Coleta"
"Esses beijos doces que coleto
Em seus lábios macios
São o meu passatempo predileto..."
Aqui, Martins mistura amor e crítica social. Enquanto coleciona os beijos da amada, o eu lírico reflete sobre o estado do país, onde a censura e a repressão ameaçam a liberdade de expressão. O poema sugere que, em tempos difíceis, o amor ainda pode ser um refúgio, uma forma de resistência e expressão de liberdade.
"Sonhos Sem Lastro"
"Sonhos sem lastro,
Impossíveis,
Inacessíveis..."
Neste poema, Martins reflete sobre a fragilidade dos sonhos e a sensação de estar à deriva na vida. Os "sonhos sem lastro" são comparados a navios sem mastro, perdidos no mar, sem direção. O poema é uma meditação sombria sobre a frustração de perseguir algo inalcançável, um tema que ressoa com a melancolia presente em sua obra.
"Última Cartada"
"Lancei minha cartada final
Para conquistar seu amor..."
Este poema narra a última tentativa desesperada do eu lírico de conquistar o amor de alguém que não lhe corresponde. A rejeição é amarga, mas há uma aceitação resignada no final, quando o eu lírico decide colocar um ponto final na história. Este poema reflete a vulnerabilidade e o risco emocional envolvidos no amor, temas que Martins explora com sensibilidade em sua série Todos Aqueles Versos de Amor.
"Desde Aquela Noite"
"Desde aquela noite sem fim
Em que se misturaram
Nossos fluidos bucais e corporais..."
Aqui, Martins descreve a intensidade de uma noite de paixão que deixou uma marca indelével no eu lírico. A conexão física e emocional entre os amantes é tão profunda que a memória daquela noite continua a assombrar o eu lírico. O poema é uma celebração do desejo, mas também uma reflexão sobre o poder das lembranças que se entranham na alma.
"Esperança Perdida"
"Pobre esperança perdida,
Que jamais escapou daquele poço profundo..."
Neste poema, Martins reflete sobre a perda da esperança e a descida ao abismo emocional. O otimismo que outrora movia o eu lírico é destruído, e ele se vê preso em um "poço profundo" de desespero. O poema é uma meditação sobre o fracasso e a impossibilidade de escapar de certas realidades, temas que o autor explora com frequência em sua obra.
"A Causa"
"Essa tristeza sem pausa
Que em meus olhos se vê
Tem uma única causa:
A ausência infinda de você…"
Aqui, Martins sintetiza um dos temas mais presentes na obra de Martins: a saudade, abordando-a como uma força devastadora que consome o eu lírico. A ausência da pessoa amada é a causa de toda a tristeza que o invade, e a única forma de lidar com essa dor é através da poesia. O poema é uma representação pungente da saudade, um tema central na série Um Torniquete Chamado Saudade.
"Inverno Fictício"
"Nesse inverno fora de hora,
Faz um calor infernal lá fora,
Mas aqui dentro, impera a escuridão..."
Este poema é uma metáfora poderosa sobre o luto e a solidão. O "inverno fora de hora" representa o contraste entre o calor externo e o frio emocional interno, uma dualidade que permeia a obra do autor. Este poema ecoa a solidão que encontramos em sua série A Solidão Que Nunca Se Acaba, onde o vazio deixado por um adeus não dito é sufocante e inescapável.
"Reino Desencantado"
"Meu coração era ingênuo,
E acreditava no amor pleno...
Até que um dia percebeu
Que não há espaços para tolos
No reino desencantado do amor..."
Neste poema, Martins desmitifica o amor romântico, revelando a crueza da realidade. O "reino desencantado" é o espaço onde o amor idealizado dá lugar à desilusão. Essa reflexão é uma constante em sua obra, especialmente na série Todos Aqueles Versos de Amor, onde o autor explora as complexidades e as falhas do amor real, distante das fantasias dos romances.
"Perfeitos Opostos"
"Você é bem agitada,
E eu sou muito tranquilo...
Mesmo sendo perfeitos opostos,
Ainda assim por você sou apaixonado..."
Aqui, o autor celebra a convivência entre opostos. O poema é uma ode à aceitação das diferenças no amor, onde as divergências entre os amantes não são barreiras, mas sim parte do encanto. Martins, com sua habilidade em retratar a vida cotidiana, transforma o trivial em algo profundamente poético, como já vimos em Sob o Olhar de um Poeta.
"Expertise"
"Na primeira vez que nos amamos eu soube
Que nas artes do amor és doutora..."
Neste poema, Martins mergulha no erotismo, um tema que ele explora com maestria em sua série Erotique. A "expertise" aqui é tanto técnica quanto emocional, refletindo a entrega total entre os amantes. O poema exala sensualidade, mas também revela uma conexão profunda, onde o desejo físico se mistura com a afeição emocional.
"Quanto Custa?"
"Neste insensato mundo,
Que gira sem cessar...
Qual será o preço para curar
A maldita dor da saudade?"
Aqui, Martins reflete sobre a dor da saudade e a inevitabilidade do tempo. A pergunta "quanto custa?" é uma reflexão sobre o preço emocional que pagamos pelas perdas que acumulamos ao longo da vida. Este poema ressoa com temas presentes em Um Torniquete Chamado Saudade, onde a ausência e a saudade são exploradas em toda a sua profundidade.
"Um Toque de Classe"
"Você deu um toque de classe
À minha aventura terrena,
Depois sumiu, e como se não bastasse,
Sem você, meu coração gangrena!"
Este poema retrata a perda de um amor arrebatador, onde a ausência da pessoa amada transforma a vida do eu lírico em um vazio doloroso. Martins, com sua habilidade em explorar as nuances da saudade, cria aqui uma metáfora poderosa para a dor emocional, comparando-a a uma gangrena que consome o coração.
"CPF Cancelado"
"Você cancelou sem dó o meu CPF
(Convite Para Fornicarmos)..."
Com um tom bem-humorado e irônico, Martins usa a metáfora do "CPF cancelado" para representar o fim abrupto de um relacionamento. O poema, apesar de leve, carrega um subtexto de desilusão e rejeição, temas que o autor aborda com frequência em sua obra. A mistura de humor e melancolia é uma marca registrada de sua poesia.
"Poemas Voláteis"
"Escrevi na areia molhada,
À beira do mar,
Um extenso poema de amor...
Que, quando a maré subiu,
Sequer uma letra deixou..."
Neste poema, Martins reflete sobre a efemeridade da criação poética e da própria vida, dos sentimentos e das palavras, comparando um poema de amor escrito na areia à volatilidade dos versos que, assim como o amor não correspondido, são apagados pelo tempo. A imagem do poema apagado pela maré é uma metáfora para a impermanência dos sentimentos e das memórias, um tema que o autor explora com maestria em Sob o Olhar de um Poeta. O poema nos lembra que, assim como as palavras escritas na areia, tudo é transitório.
"Uma Gota"
"Tu me acolhes com volúpia
Em tua boca macia..."
Em Uma Gota, Martins mais uma vez explora o erotismo, mas de forma delicada e sensual. A imagem da gota de "néctar" que baila nos lábios da amada é uma metáfora para o prazer e a intimidade compartilhada entre os amantes. O poema é uma celebração do desejo e da conexão física.
"Sobre Amores e Escolhas"
"Fiquei meio atônito
Com o que ela me disse
Sobre amores e escolhas..."
Este poema é uma reflexão sobre as decisões que tomamos na vida amorosa e como elas moldam nosso destino, abordando a complexidade dos relacionamentos e as escolhas que fazemos ao longo da vida. Martins, com sua habilidade em capturar os dilemas emocionais, nos faz questionar as escolhas que fazemos e as oportunidades que deixamos passar. Neste poema, uma ode à coragem de arriscar no amor, Martins explora a ideia de que o amor verdadeiro pode estar mais próximo do que imaginamos, e que, por vezes, basta um olhar mais atento para percebermos o que sempre esteve diante de nós, algo que o autor explora com frequência em sua obra.
"Caos Absoluto"
"Em minha mente
Instalou-se o absoluto caos..."
Aqui, Martins retrata o desespero causado pelo abandono, especialmente em um momento simbólico como o aniversário. O "caos absoluto" é uma metáfora para o estado mental do eu lírico, que se vê perdido e desorientado após a partida da pessoa amada. O poema é uma representação pungente da dor emocional que permeia grande parte da obra do autor.
"Silenciosa Testemunha"
"A noite oculta segredos
Sob o manto da escuridão..."
Neste poema, Martins transforma a lua em uma "silenciosa testemunha" dos atos secretos e sombrios que ocorrem durante a noite. O poema é uma crítica sutil à hipocrisia e à corrupção que se escondem sob a superfície da sociedade. A lua, sempre presente, observa tudo sem interferir, uma imagem poderosa que reflete a impotência diante das injustiças do mundo.
"Pacto"
"Façamos um pacto,
Que cause um impacto
Em nossas vidas profanas..."
Pacto é um poema que exala desejo e paixão. Martins, com seu estilo sensual e provocador, cria uma narrativa onde o pacto entre os amantes é um acordo de entrega total, tanto física quanto emocional. O poema é uma celebração do prazer e da intimidade, temas recorrentes em sua série Erotique.
"Linhas do Destino"
"As linhas do destino são traçadas
De forma indecifrável..."
Neste poema, Martins reflete sobre o destino e a impossibilidade de controlá-lo. As "linhas do destino" são uma metáfora para as encruzilhadas da vida, onde as escolhas que fazemos nem sempre nos levam ao caminho que desejamos. O poema é uma meditação profunda sobre a inevitabilidade do destino e a esperança de que, em algum momento, as linhas de duas vidas possam se cruzar.
"Bichos Peçonhentos"
"Políticos são como bichos peçonhentos,
Fanáticos por propina..."
Neste poema, Martins faz uma crítica feroz à corrupção política. A metáfora dos "bichos peçonhentos" é uma representação contundente dos políticos corruptos, que, como predadores, exploram o povo, se alimentam da propina e dos esquemas fraudulentos. O poema é um grito de indignação contra a hipocrisia e a injustiça, temas que o autor aborda com frequência em sua obra.
"A Um Passo da Escuridão"
"A escuridão me circunda,
E minha alma inunda,
Irresistível, profunda,
Imensurável,
Inabalável,
Impenetrável..."
Martins nos conduz a um estado de desespero e abandono neste poema, onde a escuridão simboliza a perda e o vazio deixado por um adeus. A transformação de um olhar "cristão" em "pagão" sugere uma crise espiritual desencadeada pela dor emocional. O poema é uma reflexão sobre como a ausência de alguém pode nos afastar até mesmo de nossas crenças mais profundas, um tema recorrente na obra do autor.
"Questão Impossível"
"Como contar as bilhões que orbitam
No profundo espaço sideral,
Quando nem mesmo consigo contar
As brilhantes estrelas que me fitam..."
Aqui, o autor utiliza a vastidão do espaço sideral como metáfora para o mistério do amor. A "estrela vermelha" que propõe um desafio em código Morse é uma provocação sobre a impossibilidade de mensurar os sentimentos. O poema é uma ode à complexidade das emoções humanas, onde o olhar da pessoa amada contém mais estrelas do que o próprio universo.
"O Melhor Desta Vida"
"O melhor desta vida
É estarmos juntos,
Compartilhando carícias..."
Este poema celebra a simplicidade e a beleza do amor físico e emocional. Martins nos lembra que o melhor da vida está nas pequenas coisas, como estar ao lado de alguém que amamos, compartilhando momentos de intimidade. O poema é uma declaração de amor ao prazer de estar junto, onde os beijos têm o poder de "ressuscitar defuntos".
"Recaída Onírica"
"Voltei a ficar sonhando,
Por motivos que não compreendo..."
Neste poema, o eu lírico se vê preso em uma espiral de saudade e desilusão. A "recaída onírica" é uma volta aos sonhos com a pessoa amada, mesmo sem entender por que esses sentimentos persistem. A saudade se transforma em uma prisão emocional, e o poema reflete o impacto devastador da ausência, um tema que Martins explora com maestria.
"Blue Eyes"
"Você me legou essa tristeza,
Que deixa meu coração cativo..."
Neste poema, o autor fala sobre a melancolia deixada por um amor perdido. As "reminiscências" de um olhar e de uma canção antiga perpetuam a dor da saudade. Martins captura a beleza dolorosa das memórias, onde as melodias de um CD antigo se tornam símbolos de um amor que nunca será esquecido.
"Cultivo"
"A cultivar lembranças que persistem,
Daquele seu olhar que me encantava..."
Aqui, Martins revisita o tema das memórias persistentes de um amor passado. O "cultivo" das lembranças é uma metáfora para a forma como nos apegamos ao que já se foi, incapazes de deixar para trás aquilo que nos marcou profundamente. O poema é um lamento pela impossibilidade de esquecer, mesmo quando se deseja.
"Depois de Uma Noite Perfeita"
"Você partiu sem se despedir,
Sem deixar sequer um bilhete..."
Neste poema, o autor narra a dor de um adeus inesperado após uma noite de paixão. A ausência de um bilhete ou explicação deixa o eu lírico perdido, com apenas a saudade como companhia. O "torniquete chamado saudade" é uma imagem poderosa que encapsula a dor de quem foi deixado para trás, um tema que Martins explora em profundidade em sua série Um Torniquete Chamado Saudade.
"A Última Peça"
"Ela é docemente devassa,
E me devora sem pressa..."
Neste poema, Martins celebra a intensidade de uma paixão avassaladora. A amante é descrita como a "última peça" de um quebra-cabeça que completa a vida do eu lírico. O poema é uma ode à entrega total no amor, onde cada encontro é uma explosão de prazer e emoção.
"Qual é o Sentido?"
"Qual é o sentido de esperar o que nunca acontece,
Fazer todos os dias o que não é do meu agrado..."
Aqui, o autor questiona o propósito da vida e do amor. O poema reflete a frustração de desejar algo inatingível e de viver preso em uma rotina que não traz felicidade. Martins nos convida a refletir sobre as armadilhas do destino e a busca incessante por um sentido que muitas vezes parece nos escapar.
"Sem Deixar Rastros"
"Ela partiu, sem deixar rastros,
Sequer uma ligação ou mensagem..."
Neste poema, o eu lírico se vê abandonado sem explicações. A ausência de sinais ou rastros da pessoa amada cria um vazio que ele tenta preencher com novos relacionamentos, mas sem sucesso. O poema é uma reflexão sobre o impacto duradouro de um amor que desaparece sem aviso, deixando cicatrizes invisíveis.
"A Longa Noite Sem Fim"
"Lá fora, o vento insinuante
Lembra-me da sua gostosa risada..."
Neste poema, o autor retrata a solidão e o vazio deixados pela partida da pessoa amada. A "longa noite sem fim" é uma metáfora para o luto emocional que se instala após a perda, e o vento se torna um lembrete constante da ausência. O poema é uma meditação sobre a saudade e a impossibilidade de escapar da dor.
"Só no Quase"
"Por pouco não a esqueci,
Mas fiquei só no quase..."
Martins captura a angústia de quase superar um amor, mas falhar no último momento. O "quase" é o que impede o eu lírico de seguir em frente, mantendo-o preso nas memórias e nas promessas não cumpridas. O poema reflete a dificuldade de deixar para trás aquilo que nos marcou profundamente.
"Contratempo"
"É um terrível contratempo
Tentar lutar contra o tempo..."
Neste poema, o autor reflete sobre a inevitabilidade do tempo e como ele nos coloca contra a parede. O tempo é descrito como soberano e implacável, revelando nossas verdades mais ocultas. O poema é uma meditação sobre a passagem do tempo e a futilidade de tentar resistir ao seu poder.
"Brincando com Fogo"
"Ando brincando com fogo,
Num perigoso jogo..."
Aqui, Martins explora os perigos do desejo e da paixão. O "fogo" é uma metáfora para as emoções intensas que podem nos consumir se não forem controladas. O poema é uma reflexão sobre a natureza contraditória do amor, onde o prazer e a dor muitas vezes caminham lado a lado.
"Escapulido"
"O trio de palavras de minha boca escapulido,
Antes mesmo que eu pensasse no que lhe diria..."
Neste poema, o autor narra o momento em que uma confissão de amor "escapulida" transforma uma relação. O álcool serve como catalisador para a revelação de sentimentos profundos, e o poema captura a mistura de surpresa e alívio que vem com a descoberta do amor mútuo.
"Destruição em Massa"
"Esse seu olhar é uma ameaça
E ameaça disparar alguma bala..."
Aqui, Martins utiliza uma metáfora bélica para descrever o poder destrutivo do olhar da pessoa amada. O poema reflete a tensão e o medo que podem surgir em uma relação, onde o olhar do outro tem o poder de ferir profundamente. O poema é uma reflexão sobre os perigos emocionais que habitam os relacionamentos.
"Inenarrável"
"Não há como narrar
Sem cometer sacrilégios
Nossa história de amor..."
Neste poema, o autor descreve um amor tão intenso que as palavras parecem insuficientes para capturá-lo. A combinação de pureza e desejo, carne e poesia, cria uma dualidade que Martins explora com maestria. O poema é uma celebração da complexidade do amor, onde os opostos coexistem em perfeita harmonia.
"Sem Alternativa"
"Não tenho outra alternativa
A não ser expurgá-la de mim..."
Aqui, o eu lírico se vê forçado a deixar para trás um amor que já não tem mais solução. O poema reflete a dor de aceitar o fim de uma relação e a necessidade de colocar distância entre dois corações que já não se atraem. Martins nos oferece uma visão crua e honesta sobre o fim do amor.
"A Última Crônica"
"Esta é apenas a última crônica
Sobre a morte anunciada
De um amor intenso..."
Neste poema, o autor narra o fim de um amor que, apesar de sua intensidade, estava destinado ao fracasso. A "última crônica" é uma despedida melancólica, onde o amor, embora grandioso, não será lembrado ou exaltado. O poema reflete a efemeridade dos sentimentos e a inevitabilidade do esquecimento.
"Hipnotismo"
"Não preciso que você me hipnotize
Para transmitir a mim sua expertise..."
Aqui, Martins explora o erotismo com seu estilo característico. O poema celebra a entrega total entre os amantes, onde o prazer físico se transforma em uma forma de hipnose mútua. O poema é uma ode à conexão íntima e ao poder transformador do desejo.
"Exageros"
"Meu coração por você não bate, explode..."
Neste poema, o autor captura a intensidade de um amor não correspondido. O "exagero" é a marca registrada dos sentimentos do eu lírico, que se vê ignorado pela pessoa amada. O poema é uma reflexão sobre a frustração e a dor de amar alguém que não retribui o mesmo sentimento.
"Nada Sutil"
"Não fui mesmo nada sutil
Com essa chama em meu olhar..."
Aqui, Martins narra o momento em que o amor, antes oculto, se revela através de um olhar. O poema reflete a tensão entre a amizade e o amor, onde o desejo começa a se manifestar de forma sutil, mas inegável. O poema é uma meditação sobre a transformação dos sentimentos ao longo do tempo.
"Best Friends"
"We were best friends since a very young age,
Sharing details..."
Neste poema, escrito em inglês e que encerra com cheva de ouro o livro “Tempestade de versos”, Martins narra a história de uma amizade que lentamente se transforma em amor. O poema captura a confusão e a incerteza que surgem quando os sentimentos começam a mudar, e o medo de perder a amizade impede o eu lírico de confessar seu amor. O poema é uma reflexão sobre a linha tênue entre amizade e amor, e o risco emocional de cruzar essa linha.
Conclusão
Tempestade de Versos é uma obra que reafirma a genialidade de Marcos Avelino Martins. Seus poemas são tempestades emocionais que capturam a essência da vida, do amor e da perda. Com sua habilidade única de transformar o cotidiano em poesia, Martins nos oferece uma obra que é ao mesmo tempo profundamente pessoal e universal. Cada verso é uma prova de sua maestria, e Tempestade de Versos é um testemunho de sua capacidade inigualável de tocar a alma humana, em uma obra que, através de suas rimas e versos, revela as dores, os prazeres, as reflexões e os segredos de uma vida dedicada à poesia.
ISBN | 9798340034274 |
Seitenanzahl | 116 |
Ausgabe | 1 (2024) |
Format | A5 (148x210) |
Einband | Taschenbuch mit Klappen |
Farbe | Schwarz-Weiß |
Papiertyp | Uncoated offset 75g |
Sprache | Portugiesisch |
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