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138º livro do autor das séries “OLYMPUS” (em 15 volumes com 300 poemas em cada) e “EROTIQUE” (em 12 volumes com 50 poemas sensualmente líricos em cada).
Alguns trechos:
“E, quando depois de uma áspera discussão,
Afinal desisti e fui embora,
Debaixo de uma chuva torrencial,
Ninguém chorou por nós,
Exceto a noite..”
“Apagar lembranças definitivamente parece normal,
Enquanto a vida gira num veloz carrossel,
Essa saudade não morre, mesmo agora apenas sutil,
Mas não esqueço do brilho de seus olhos, como um farol,
Olhando-me com amor, na imensidão desse azul...”
“E, depois daquela noite inesquecível,
Seguida de outras tantas parecidas,
Ela foi ficando, amorosa,
Loucamente voraz,
Sem nunca mais falar
Naquela palavra maldita chamada adeus...”
“Fiquei fascinado, numa espécie de choque,
Enamorei-me por sua voz suave,
Na magia daquele inesquecível instante,
Vinda de seus olhos, de um tom profundo de anil,
E minhas mãos jamais esquecerão o seu toque
(Por muitas vezes que eu as lave),
Tomado por uma paixão fulminante,
Como outra igual nunca mais existiu...”
“E, quando nossos lábios se cruzaram,
Num beijo que parecia apenas casual,
Nossas bocas ávidas se lambuzaram,
Com uma volúpia quase animal,
E, depois de alguns minutos nesse clima,
Descobri que desperdiçara anos de minha vida,
Para descobrir de repente a mais perfeita rima
Para minha alma, por um milagre das cinzas renascida!”
“No lugar onde havia o perdão,
Ficou a desesperança,
Onde reinava o verão,
Restou o frio,
Onde havia uma criança,
Em seu lugar ficou um adulto,
Onde se via o seu vulto,
Depois da última dança,
Hoje só há o vazio”
“Vá embora, solidão,
Vê por favor se me esquece,
Vá procurar outro desolado coração,
Que como o meu, de abandono padece...
Faça de conta que virei a página sem ela,
E que de repente voltei a ser alegre,
Que de minha quota de saudade paguei a última parcela,
E voltarei a sorrir, antes que a ausência dela me desintegre...”
“Foi somente um dia depois que o mundo acabou
Que ela finalmente notou meu olhar
Encharcado de luares e madrugadas,
Mas já era então tarde demais,
Depois das explosões nucleares,
E da poeira radioativa
Que se espalhava rapidamente,
Nossos corpos tinham os dias contados,
Sob a espada inclemente da radioatividade,
Não havia mais espaço para o amor,”
“Loucos amantes
É o que somos,
Gêmeos cromossomos,
Alegres, triunfantes,
Buscando, um no outro, prazeres
Jamais antes descobertos,
Eróticos e incansáveis seres,
Pela noite despertos
Em nossas exóticas explorações,
Em que se misturam suspiros e gritos,
Uníssonos corações
Trocando fluidos por instantes infinitos...”
“No momento em que me disseste adeus,
De meus olhos caiu um dilúvio,
Mas sem deles verter uma gota de lágrima sequer,
Secos como ficaram meu coração,
E as veias nas quais o sangue secou de repente,
E nunca mais voltou a fluir,
Misturando-se às artérias náufragas
Que desaguavam naquele coração partido,
Depois daquela palavra fatídica,
Que me devastou como um ciclone,”
“Cometi com você um ato falho,
E agora só respiro através de um aparelho,
Nossa canção perdeu o estribilho,
A tristeza estampada no fundo do olho,
Nesse poço sem fundo no qual eu mergulho...”
“A verdade nua e crua,
Repetida em nossas sucessivas reencarnações,
É que a minha alma rima com a tua,
Em cada uma dessas infinitas versões...”
“Nossos destinos não se misturam,
Um é feito de óleo, o outro de água,
Nossos olhares jamais se capturam,
Você é cheia de amor, e eu, de mágoa...”
“O tempo se move em espirais
Que se entrelaçam,
E em seus métodos ortodoxos
Cria cruéis paradoxos,
E assim os anos passam
E não voltam jamais
Ao mesmo ponto,
E por isso chegamos
Ao triste final deste conto,”
“Quando a festa acabou, ela tinha sumido,
Procurei em toda parte, mas não a encontrei,
Nunca mais vi aquele anjo em meu caminho caído,
Foi apenas um sonho do qual nunca mais despertei...”
“Enquanto a Terra segue girando,
A paz cada vez mais vai se dissolvendo,
Que tristeza ver como estragamos este mundo lindo,
Que aos horrores nucleares vai se expondo,
Cada vez mais perto de explodir, no espaço de um segundo!”
“Depois de passar a noite inteira acordado,
Pensando em como te contar o meu segredo,
A alvorada me pegou desprevenido,
E o sono chegou, depois de tanto denodo,
Atrás de um jeito de dizer que para mim és tudo!”
“Pois com você foi-se tudo o que eu gostava,
Só me ficando essa triste Poesia,
Pois sua ausência pôs em meu relógio uma trava,
Que nunca mais se abriu,
E nenhum ponteiro nunca mais se moveu,
Desde aquele triste dia de Abril
Em que meu mundo, sem você, apenas morreu!”
“Meu sorriso pouco aparece,
Apenas quando de você eu me lembro,
E minha alma fugazmente ressuscita,
E por alguns instantes rejuvenesce,
Mas depois, dói como se me faltasse um membro,
Mergulhado nessa tristeza infinita...”
“E seguimos nessa rotina,
Eu, montando sutis estratagemas,
Para que você enfim me note,
E admirando-a na surdina,
Tolhido por essas cruéis algemas
Mentais, que se fixam em seu decote!”
“Mas agora, falamos diferentes linguagens,
Já mal me lembro daquelas eróticas imagens,
De você, arrancando-me gemidos,
Embriagando-me todos os sentidos,
Perderam-se no passado todas aquelas juras,
Trocadas por essas estranhas torturas,
De nós dois, quase sempre calados,
Efeito catastrófico de tantos segredos guardados...”
“O Sol já se punha,
Casual testemunha,
Naquele lusco-fusco do ocaso,
Do nosso curto caso,”
“Depois que o carro dela dobrou a esquina,
Partindo para nunca mais voltar,
Foi como se eu tivesse tomado morfina,
Anestesiado, sem poder acreditar
Que aquilo tinha acontecido,
Assim meio que de repente,
E nada parecia fazer mais sentido,”
“Mas um dia, sem que eu esperasse,
A luz de teus olhos subitamente se apagou,
Havia uma tremenda tristeza em tua face,
Uma lágrima mansa de teus olhos rolou,
E um triste adeus em teu olhar estava escrito,
E foi exatamente o que teus lábios transcreveram,
Por algum motivo por ti nunca dito,
E que meus dedos silenciosos jamais escreveram...”
“E, quanto mais entramos na ciranda caótica dos anos,
Mais esquecemos o que mais queríamos lembrar,
E só nos vêm à mente alguns fragmentos profanos
Das histórias lindas pelas quais queríamos apenas chorar...”
“E quando afinal nos separamos,
Depois de horas nesse delírio sensual,
Custo a acreditar no que fizemos,
Quando estamos longe um do outro,
E, quando viajo, a saudade me atormenta,
Quando me lembro de todas as vezes
Em que aquela febre de sua boca brotava...”
“Quando ela me olhou,
E vi furacões em seu olhar,
Soube que bruscamente terminou
O meu sonho de amar...”
“Os nossos beijos dos quais mais me recordo
São aqueles beijos roubados,
Impregnados de manhãs e de risos,
E ao me lembrar deles, de lágrimas transbordo,
Mas não deveriam ser desse jeito lembrados,
Mas sim com saudosos sorrisos...”
“Você sumiu, e sem você, fiquei meio down,
Em minha mente lúcida, deu um lockdown,
Como me tivessem dado em meu corpo logout,
Em meu cérebro astuto, deu um blackout!”
“Quando foi que o amor renegaste,
Por que a timidez nunca venceste,
Deixando fenecer cada paixão?
Por que me tratas como se fosse um traste,
Em que esconderijo escondeste
A tua última perdida ilusão?
Quando foi que o amor renegaste,
Por que a timidez nunca venceste,
Deixando fenecer cada paixão?
Por que me tratas como se fosse um traste,
Em que esconderijo escondeste
A tua última perdida ilusão?”
“E sei que não me esqueces,
Depois daquela noite inolvidável
Em que fomos um só,
Corpos fundidos de modo inexplicável,
Quase formando um nó,
Quando soltaste seguidos gritos
De puro prazer,
E em teus olhos infinitos
Vi cada êxtase crescer,”
“Na noite dos tempos, jaz o amor,
Em algum túmulo assustador,
No seu lugar, ficou esse horror,
Uma lembrança que me desanima,
E sem nenhuma lápide por cima,
Um cadáver sem versos e nem rima...”
“Por toda a noite insone,
Olhando para a tela de meu telefone,
Na solidão dessas quatro paredes,
Para procurá-la em suas redes,
Para ver se encontro alguma mensagem sua,
Ou, quem sabe, alguma foto seminua,
Tentando esquecer essa tristeza que é tudo o que há
Na solidão da noite onde você não está...”
“Desde que aconteceu a última intempérie,
Coleciono desventuras em série,
Quebrando alguns paradigmas,
Tentando decifrar enigmas
Que não deviam ser decifrados,
E mistérios jamais desvendados,”
“Perdido nas espirais do tempo,
Entre o passado e o futuro,
Tento voltar à minha época,
Nessa máquina do tempo fajuta
Que chamamos de memória,
Que de repente resolveu falhar,
Mostrando-me coisas que jamais aconteceram,
E escondendo de mim o que não deveria,”
“Devolva-me os sonhos que ainda não sonhei,
E que de minha mente tonta roubaste,
Apossando-te deles como nunca pensei,
Pois através de minhas lembranças neles entraste!”
“A madrugada passou, num instante virou dia claro,
E esta paixão, digna de inspirar um lindo bolero,
Certamente durará até o meu último suspiro,
Pois depois de uma hora, já tinha virado namoro,
E ficaremos sempre juntos, até o fim do futuro!”
“No mesmo instante em que nossos olhares se cruzaram,
Alguns milagres aconteceram,
Novos sistemas estelares foram descobertos,
E em algum deles, um Messias nasceu!”
“E agora, que enxerguei seus olhares incendiários,
E finalmente conversamos sobre assuntos mais sérios,
Descobri que seus sorrisos são verdadeiros colírios,
E estudaremos com afinco a arte de amar em nossos laboratórios,
Com a mistura perfeita de seus gritos com meus murmúrios!”
“I devised several plans, all of them so fine,
To win you over, to make you mine,
You are wonderful, but a clever charmer,
And incredibly sexy, but a insensible disarmer,
Escaping for all my plans, without any traces,
Never shaken by my soft embraces!”
ISBN | 9798871784181 |
Seitenanzahl | 102 |
Ausgabe | 1 (2023) |
Format | A5 (148x210) |
Einband | Taschenbuch mit Klappen |
Farbe | Schwarz-Weiß |
Papiertyp | Coated Silk 90g |
Sprache | Portugiesisch |
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